Ir para acessibilidade
inicio do conteúdo

Banca de QUALIFICAÇÃO: ANTONIO AUGUSTO LIMA TEIXEIRA JUNIOR

2019-10-29 10:25:11.181

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANTONIO AUGUSTO LIMA TEIXEIRA JUNIOR
DATA: 30/10/2019
HORA: 14:30
LOCAL: Prédio da Pós-Graduação do CCBS / UFMA
TÍTULO: PERFIL IMUNO-HISTOQUÍMICO E ESTADO FÍSICO GENÔMICO DO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) EM TUMORES DE PÊNIS
PALAVRAS-CHAVES: câncer de pênis, HPV, perfil imuno-histoquímico.
PÁGINAS: 84
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: O câncer de pênis é considerado uma neoplasia rara em países desenvolvidos. No entanto, possui alta incidência em países em desenvolvimento, como os da África, Ásia e América do Sul. O estado do Maranhão, Brasil, possui a maior incidência global já registrados da doença, sendo considerada um grave problema de saúde pública local. Apesar de já associada a alguns fatores de risco, como infecção pelo papilomavírus humano (HPV), ainda são escassos trabalhos que visem compreender a biologia destes tumores, sobretudo com achados de valor diagnóstico, prognóstico e terapêutico. Diante disso, este estudo teve como objetivo identificar o estado físico genômico do papilomavírus humano (HPV) em tumores de pênis e avaliar o perfil de expressão das proteínas ki67, p53, p16, E6 e E7. Foi realizado o levantamento de casos diagnosticados em dois hospitais de referência no Maranhão (HUUFMA e HCAB), dos quais 100 casos foram submetidos as análises propostas neste estudo. Todos os casos foram revisados histologicamente por dois patologistas distintos. A detecção de HPV foi conduzida por PCR qualitativa a partir de material biológico (DNA) obtido dos blocos de parafina contendo tecido tumoral de cada paciente, utilizando os primers genéricos PGMY09/11 e GP5+/GP6+. Os amplicons foram avaliados em gel de agarose a 1,5%. A análise de expressão proteica foi conduzida por imuno-histoquímica, utilizando anticorpos monoclonais para cada marcador e seguindo as recomendações do fabricante. Os resultados parciais desta pesquisa revelaram alta prevalência de tumores infectados pelo papilomavírus humano (HPV), com 67,1% dos casos positivos na análise molecular (PCR). Quando avaliados histologicamente, 88,4% dos casos apresentavam alterações sugestiva de infecção pelo vírus (coilocitose) e 58% apresentaram superexpressão da proteína p16, marcador indireto de infecção por HPV de alto risco oncogênico. A positividade para p16 esteve associada a presença de HPV por PCR (p=0,006), subtipos histológicos associados ao HPV (p=0,05) e subtipo histológico basalóide (p=0,02). Cerca 64% dos casos foram negativos na analise de expressão de p53, a qual esteve associada a características clínico-histopatológicas como: subtipo histológico (p=0,002), grau de diferenciação (p=0,007) e tumor primário (p=0,02). O perfil de expressão de ki67 também revelou associação com importantes parâmetros, como: tamanho da lesão (p=0,04), grau de diferenciação (p=0,001), invasão perineural (p=0,05), estadiamento (p=0,03), metástase linfonodal (p=0,002) e extensão extranodal (p=0,002). Na analise de sobrevida livre da doença (SLD), a presença de coilocitose e negatividade para p53 estiveram associados a melhor SLD, enquanto que a positividade para p16 esteve associada a menor sobrevida livre da doença. Os achados desta pesquisa corroboram com outros trabalhos que evidenciam alta prevalência de tumores de pênis infectados por HPV no Maranhão, e o perfil de expressão de proteínas chaves no processo de desregulação celular e oncogênese revelou associações importantes com fatores diagnósticos e prognósticos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2046964 - GYL EANES BARROS SILVA
Interno - 2065143 - FLAVIA CASTELLO BRANCO VIDAL CABRAL
Interno - 1556448 - MARCELO SOUZA DE ANDRADE
Interno - 3101796 - RUI MIGUEL DA COSTA OLIVEIRA
Externo ao Programa - 2223025 - JOSE DE RIBAMAR RODRIGUES CALIXTO
Co-orientador - 624.670.853-68 - JAQUELINE DINIZ PINHO - UFPA

fim do conteúdo