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Banca de DEFESA: ANTONIO AUGUSTO LIMA TEIXEIRA JUNIOR

2019-12-18 08:19:47.617

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANTONIO AUGUSTO LIMA TEIXEIRA JUNIOR
DATA: 20/12/2019
HORA: 10:00
LOCAL: Prédio da Pós-Graduação do CCBS
TÍTULO: PERFIL IMUNO-HISTOQUÍMICO E ESTADO FÍSICO GENÔMICO DO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) EM TUMORES DE PÊNIS
PALAVRAS-CHAVES: câncer de pênis, HPV, p53, p16, ki67, E6, estado físico HPV.
PÁGINAS: 141
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: O câncer de pênis é considerado uma neoplasia rara em países desenvolvidos. No entanto, possui alta incidência em países em desenvolvimento, como os da África, Ásia e América do Sul. O estado do Maranhão, Brasil, possuia maior incidência global já registrada da doença, sendo considerada um grave problema de saúde pública local. Apesar de estar associado a alguns fatores de risco, como infecção pelo papilomavírus humano (HPV), ainda são escassos trabalhos que visem compreender a biologia destes tumores, sobretudo com achados de valor diagnóstico, prognóstico e terapêutico. Diante disso, este estudo teve como objetivo identificar o estado físico genômico do papilomavírus humano (HPV) em tumores de pênis e avaliar o perfil de expressão das proteínas ki67, p53, p16 e E6. Foi realizado o levantamento de casos diagnosticados em dois hospitais de referência no Maranhão (HUUFMA e HCAB), dos quais 100 casos foram submetidos as análises propostas neste estudo. Todos os casos foram revisados histologicamente por dois patologistas distintos. A detecção de HPV foi conduzida por PCR qualitativa a partir de material biológico (DNA) obtido dos blocos de parafina contendo tecido tumoral de cada paciente, utilizando os primers genéricos PGMY09/11 e GP5+/GP6+. Os amplicons foram avaliados em gel de agarose a 1,5%. A análise de expressão proteica foi conduzida por imuno-histoquímica, utilizando anticorpos monoclonais para cada marcador e seguindo as recomendações do fabricante. O estado físico genômico foi avaliado pelo método HPV/IntG/ PCR multiplex (in house), sendo classificado em epissomal, integrado ou misto. Os resultadosdesta pesquisa revelaram alta prevalência de tumores infectados pelo papilomavírus humano (HPV), com 67,1% dos casos positivos na análise molecular (PCR). Foi possível avaliar o estado físico genômico do HPV em 11 amostras, das quais todas possuíam integração viral no genoma hospedeiro, havendo um padrão de integração mais prevalente envolvendo as regiões E1 e E7do genoma viral (54,5%). Quando avaliados histologicamente, 88,4% dos casos apresentavam alterações sugestiva de infecção pelo vírus (coilocitose) e 58% apresentaram superexpressão da proteína p16, marcador indireto de infecção por HPV de alto risco oncogênico. A positividade para p16 esteve associada a presença de HPV por PCR (p=0,006), subtipos histológicos associados ao HPV (p=0,05) e subtipo histológico basalóide (p=0,02). A ausência de expressão de E6 esteve associada à tumores bem diferenciados (p=0,001), ausência de invasão angiolinfática (p=0,001) e perineural (p=0,001), estadiamento I-II (p=0,01) e tumores condilomatosos (p=0,005). Enquanto que a positividade para E6 esteve associada a metástase linfonodal (p=0,001) e extensão extranodal (p=0,02).Cerca 64% dos casos foram negativos na analise de expressão de p53, a qual esteve associada a características clínico-histopatológicas como: subtipo histológico (p=0,002), grau de diferenciação (p=0,007) e tumor primário (p=0,02). O perfil de expressão de ki67 também revelou associação com importantes parâmetros, comotamanho da lesão (p=0,04), grau de diferenciação (p=0,001), invasão perineural (p=0,05), estadiamento (p=0,03), metástase linfonodal (p=0,002) e extensão extranodal (p=0,002). Na análise de sobrevida livre da doença (SLD), a presença de coilocitose e negatividade para p53 estiveram associadas a melhor SLD, enquanto que a positividade para p16 e E6 esteve associada a menor sobrevida livre da doença. Os achados desta pesquisa corroboram com outros trabalhos que evidenciam alta prevalência de tumores de pênis infectados por HPV no Maranhão e descreve pela primeira vez o perfil de integração do genoma viral em tumores de pênis em uma área de alta incidência. Além disso, revela um perfil de expressão de proteica com importantes associações com fatores diagnósticos e prognósticos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2046964 - GYL EANES BARROS SILVA
Co-orientador - 624.670.853-68 - JAQUELINE DINIZ PINHO - UFPA
Externo ao Programa - 2223025 - JOSE DE RIBAMAR RODRIGUES CALIXTO
Interno - 1556448 - MARCELO SOUZA DE ANDRADE
Interno - 3101796 - RUI MIGUEL GIL DA COSTA OLIVEIRA
Interno - 1780352 - SALLY CRISTINA MOUTINHO MONTEIRO

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