Ir para acessibilidade
inicio do conteúdo

Banca de QUALIFICAÇÃO: ROGER MOURA DE BRITO

2020-06-22 15:55:40.443

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ROGER MOURA DE BRITO
DATA: 29/06/2020
HORA: 16:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: UTILIZAÇÃO DE ÁCIDO TRANEXÂMICO EM CIRURGIA BARIÁTRICA (SLEEVE) X DESFECHO DE SANGRAMENTO: um estudo controlado
PALAVRAS-CHAVES: Cirurgia Bariátrica; Sangramento ; Ácido tranexâmico.
PÁGINAS: 43
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: Introdução: A obesidade é um grave problema de saúde pública, é uma doença que já pode ser considerada uma pandemia mundial e que tem sido assunto de preocupação entre os profissionais da saúde. Dentre formas de tratamento, a alternativa cirúrgica por meio da cirurgia bariátrica, constitui-se de medida alternativa para casos que não apresentam boa resposta ao tratamento clínico. No entanto, esse tipo de terapêutica apresenta riscos, como a possibilidade de complicações cirúrgicas, incluindo o sangramento. Sobre a técnica Sleeve, caso de estudo, observa-se um alto índice de sangramento, podendo alcançar 10% dos casos, ocorrendo principalmente na dissecção da curva maior do estômago ou da linha de grampeamento. Métodos: Estudo prospectivo, comparativo e cego para o avaliador, realizado com pacientes de 18 a 65 anos, estado físico ASA (American Society of Anesthesiologists) II ou III, submetidos a cirurgia bariátrica Sleeve. Os pacientes selecionados receberam ácido tranexâmico por via venosa (1g) na indução da anestesia ou não, ou realizaram sobressutura sem ácido tranexâmico. As cirurgias foram realizadas pela mesma equipe cirúrgica, apenas havendo revezamento entre os membros, como cirurgião principal e como primeiro e segundo auxiliares. Após a finalização da linha de grampeamento e confecção do tubo gástrico, foi realizada sutura contínua, transmural e transfixante com fio absorvível de PDS 3-0. Foi utilizado o critério Enhanced Recovery After Bariatric Surgery para alta. Foram coletados dos prontuários dados sóciodemográficos e clínicos, como idade, peso, altura, IMC, gênero, comorbidades, medicações em uso, cirurgias anteriores, duração do ato cirúrgico e da anestesia, condições do paciente no perioperatório, incluindo dados hemodinâmicos, registros de transfusão sanguínea e tempo de internação. Também foram coletados dados de exames laboratoriais, como hemograma, coagulograma e fibrinogênio no ato da indução da anestesia e com 24h de pós-operatório. Os dados foram analisados a partir do programa estatístico SPSS 21.0®. Para relacionar variáveis categóricas entre os grupos foi realizado o teste Qui-Quadrado. Na análise de variáveis numéricas paramétricas entre os grupos foi aplicado a Análise de Variância. Na análise de variáveis não paramétricas entre os grupos foi aplicado o teste Kruskal Wallis. Análise post hoc foi realizada a partir do teste Bonferroni. Resultados: No total, 89 pacientes foram incluídos no estudo, 31 no grupo controle, 30 no grupo ácido tranexâmico e 28 no grupo sobressutura. Nas variáveis avaliadas no intraoperatório, houve utilização de número maior de cargas no grupo do ácido tranexâmico que no grupo controle. Contudo, o volume de sangramento foi maior no grupo controle que no grupo do ácido tranexâmico. Nas variáveis avaliadas no pós-operatório, pode-se perceber que os pacientes do grupo do ácido tranexâmico tiveram maior valor de hemoglobina, hematócrito, maior atividade de protrombina e menor valor de relação normatizada internacional que o grupo controle. O grupo sobressutura também apresentou maior valor de hematócrito e atividade de protrombina que o grupo controle. Nenhum paciente do estudo apresentou complicações trombóticas relacionadas ao uso de ácido tranexâmico. Conclusão: O uso de ácido tranexâmico foi efetivo em reduzir taxa de sangramento e tempo de permanência hospitalar. O ácido tranexâmico, por apresentar baixo custo, fácil aplicabilidade e segurança clínica, pode ser uma interessante alternativa para a prevenção do sangramento na linha de grampeamento de pacientes submetidos ao sleeve gástrico laparoscópico.
MEMBROS DA BANCA:
Co-orientador - 2265907 - CAIO MARCIO BARROS DE OLIVEIRA
Interno - 2296553 - ED CARLOS REY MOURA
Interno - 2065143 - FLAVIA CASTELLO BRANCO VIDAL CABRAL
Interno - 1556448 - MARCELO SOUZA DE ANDRADE
Interno - 407201 - MARIA DO DESTERRO SOARES BRANDAO NASCIMENTO
Presidente - 2603610 - PLINIO DA CUNHA LEAL

fim do conteúdo