Banca de DEFESA: FELIPE SILVA RIBEIRO
2020-12-14 10:30:07.343
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FELIPE SILVA RIBEIRO
DATA: 21/12/2020
HORA: 14:00
LOCAL: videoconferencia
TÍTULO: SUBCLASSES DE NEUROLEPTICOS E DELIRIUM NOS PACIENTES ONCOLÓGICOS EM CUIDADOS PALIATIVOS EXCLUSIVOS: HÁ DIFERENÇA NA EFICÁCIA?
PALAVRAS-CHAVES: Cuidados Paliativos; delirium; Eficácia Neurolépticos; Tratamento.
PÁGINAS: 71
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: Introdução:O delirium é uma síndrome orgânica neurológica, geralmente aguda e reversível, ilustrada como um estado mental alterado que vai desde o coma até a agitação. É altamente prevalente em pacientes que recebem cuidados paliativos, presente até 4 em cada 10 pacientes, com taxas mais elevadas no final da vida. O objetivo deste estudo é comparar a eficácia entre o haloperidol, olanzapina e risperidona no controle do delirium em pacientes oncológicos sob cuidados paliativos.Método:O estudo foi de natureza analítica, intervencionista, do tipo ensaio clínico randomizado, controlado, duplamente encoberto, quantitativo. Após confirmado o diagnóstico de delirium, foram feitas a aplicações dos respectivos tratamentos entre grupos, seguidos de avaliações a cada 24 horas, durante sete dias. Foram estudados quatro grupos, sendo um de controle, onde foram aplicadas medidas não farmacológicas (GRUPO NF), e outros três que fizeram uso das medicações isoladamente: risperidona (GR), olanzapina (GO) e haloperidol (GH). Foi utilizado um questionário sociodemográfico e clínico, um segundo questionário para avaliação do delirium, o Método de Avaliação de Confusão para Unidades de Terapia Intensiva CAM ICU. Além da escala diagnóstica foi utilizada uma escala de intensidade de sintomas para auxiliar na mensuração do grau do delírium dos pacientes, a CAM ICU 7. O tratamento foi considerado eficaz, quando os pacientes finalizaram as últimas 72 horas do protocolo sem apresentarem sintomas de delirium, utilizando as doses preconizadas no protocolo, atingindo o escore zero na escala de intensidade.Resultados:Foram diagnosticados 291 pacientes com sintomas de delirium, configurando uma prevalência de 86,5%, e a classificação mais comum foi o delírium hiperativo com 55,4%. Os pacientes que tem histórico de convulsões, demência e depressão, tem eficácia reduzida no tratamento com os três fármacos.A olanzapina e a risperidona foram capazes de reduzir o sintoma a zero, no quarto e no sexto dia, respectivamente. A dose média efetiva da risperidona foi de 3,52 mg e da olanzapina 4,60 mg. O haloperidol mesmo chegando à dose de 5 mg (dose máxima do protocolo), ao final, foi capaz de reduzir em apenas 2 pontos o escore da escala de gravidade. Já o grupo não farmacológico não reduziu o sintoma, mantendo a média da gravidade no final do protocolo por volta de 5,6 na escala.Conclusão:Ao se comparar a eficácia entre medicamentos, pode se constatar que os medicamentos que obtiveram melhor resposta foram a olanzapina e risperidona e que o tratamento com haloperidol reduziu, contudo, essa redução não foi suficientemente satisfatória. O tratamento não farmacológico, não impactou na escala de gravidade.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 6549743 - GEUSA FELIPA DE BARROS BEZERRA
Presidente - 407719 - JOAO BATISTA SANTOS GARCIA
Interno - 407201 - MARIA DO DESTERRO SOARES BRANDAO NASCIMENTO
Externo ao Programa - 2270305 - NAIME DIANE SAUAIA HOLANDA DE CARVALHO
Interno - 1780352 - SALLY CRISTINA MOUTINHO MONTEIRO