PPGSAD/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FLAVIA COSTA MENDONÇA
DATA: 04/03/2022
HORA: 14:30
LOCAL: videoconferencia
TÍTULO: EXPRESSÃO DE METALOPROTEINASES E SEUS INBIDORES ENDÓGENOS EM CÂNCER DE PÊNIS: ESTUDOS CLÍNICO-PATOLÓGICO E A RELAÇÃO COM A INFECÇÃO PELO HPV
PALAVRAS-CHAVES: Câncer de pênis. Metaloproteinases. HPV. TIMPs. Estadiamento tumoral
PÁGINAS: 63
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: O câncer é uma doença complexa, multifatorial, que afeta a população causando elevado índice de morbidade e mortalidade. Dentre os variados tipos de câncer que temos catalogados, o câncer de pênis faz parte dos tumores que acometem o sexo masculino, com elevada incidência no Brasil e no mundo, especialmente no estado do Maranhão. Este câncer apresenta grande capacidade de invadir localmente e metastizar para os linfonodos regionais, o que constitui o fator prognóstico mais importante, pois as metástases nos linfonodos regionais e a profundidade da invasão reduzem muito a sobrevivência do paciente. Dessa forma, o presente trabalho justifica-se pela necessidade de compreender os fatores que condicionam a capacidade invasora do câncer de pênis, dentre eles a regulação das MMPs 2 e 9 pelos TIMPs 1, 2 e 3 e a relação que esta regulação apresenta com a progressão deste câncer, condicionando a capacidade invasora das células tumorais. Este estudo poderá contribuir para esclarecer os mecanismos de progressão deste tipo de câncer bem como para validar as MMPs como um potencial alvo terapêutico no câncer de pênis. O objetivo geral foi analisar a expressão de metaloproteinases (MMPs) e inibidores teciduais de metaloproteinases (TIMPs) no desenvolvimento do câncer de pênis HPV+ e HPV- através de estudos morfológicos e moleculares. Trata-se de um estudo epidemiológico, do tipo analítico, qualitativo, retrospectivo e seccional de série histórica de casos de carcinomas epidermóides penianos, realizado em 55 amostras de tumores penianos armazenados no Biobanco de Tumores e DNA do Maranhão (BTMA). Dados sociodemográficos foram obtidos através de um questionário, dados clínicos e histopatológicos foram coletados por meio de análise de prontuário. O DNA genômico das amostras foi extraído e realizada a reação em cadeia de polimerase PCR/Nested para detecção do HPV utilizando os primers PGMY e GP+ e em seguida a eletroforese em gel de agarose. Amostras positivas foram submetidas a genotipagem pelo método Anyplex para identificação do tipo viral. Para análise da expressão das MMPs 2 e 9 e dos TIMPs 1, 2 e 3 foi realizada PCR em tempo real. Observou-se que a média de idade dos pacientes ao diagnóstico foi de aproximadamente 64 anos. A maioria (64,76%) era procedente do interior do Maranhão e consideravam-se pardos (62,67%). Observou-se ainda que 44,44% dos pacientes eram casados, 30,56% dos pacientes tinham ensino fundamental incompleto e 26,30% era analfabeto. Quando questionados sobre os hábitos de vida, a maioria dos pacientes (51,61%) afirmou nunca usa camisinha (63,51) que fuma ou já fumou durante a vida. A maioria (81,09%) também afirmou que já foi etilista ou ainda é. Foi observado também neste estudo que 49% das amostras eram positivas para o HPV, sendo que o HPV 16 estava presente em 36% e o HPV 11 em 49% das amostras. Com estes resultados podemos concluir que há uma estreita relação entre os hábitos de vida dos pacientes e o câncer peniano, bem como uma associação importante com a infecção pelo HPV. Outros experimentos estão sendo realizados para estabelecer a associação entre a invasão tumoral e a expressão aumentada de MMPs e seus inibidores endógenos (TIMPs).
MEMBROS DA BANCA:
Co-orientador - 3233866 - HAISSA OLIVEIRA BRITO
Externo ao Programa - 3847578 - JOMAR DIOGO COSTA NUNES
Interno - 825.683.165-00 - MARCELO MAGALHÃES SILVA
Interno - 1556448 - MARCELO SOUZA DE ANDRADE
Interno - 032.954.943-04 - NATALINO SALGADO FILHO
Presidente - 3101796 - RUI MIGUEL GIL DA COSTA OLIVEIRA