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Banca de DEFESA: THALITA MOURA SILVA ROCHA

2022-09-23 16:38:20.594

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THALITA MOURA SILVA ROCHA
DATA: 30/09/2022
HORA: 10:00
LOCAL: videoconferencia
TÍTULO: ANÁLISE DO POLIMORFISMO DO GENE TP53 (CÓDON 72) E SUA RELAÇÃO COM A INFECÇÃO PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) EM TUMORES DE PÊNIS
PALAVRAS-CHAVES: câncer de pênis; HPV; polimorfismo TP53; p53
PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: O câncer de pênis (CaPe) é uma doença de baixa incidência em países desenvolvidos, mas chega a representar 10% de todas as neoplasias que acometem os homens em países em desenvolvimento. O Brasil possui uma das maiores incidências registradas para a doença, com maior concentração de casos nas regiões Norte e Nordeste. O estado do Maranhão responde por 10,6% de todos os casos de CaPe diagnosticados no país, e recentemente, foi considerada a localidade de maior incidência da doença no Brasil e no mundo. O CaPe possui etiologia multifatorial, sendo associado a fatores socioeconômicos/comportamentais e a infecção pelo papilomavírus humano (HPV). A doença tem se tornado um grave problema de saúde pública em certas regiões, sobretudo devido às limitações no arsenal terapêutico disponível para tratamento, reflexo da escassez de estudos que visem compreender os aspectos fisiopatológicos e a base genética desses tumores. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo investigar o polimorfismo do códon 72 do gene TP53 em tumores de pênis e sua relação com o perfil de infecção por HPV e de expressão proteica de p53 nesses tumores. Para isso, um estudo prospectivo foi delineado e contou com o recrutamento de 53 pacientes com CaPe em três hospitais de referência em oncologia no Maranhão (HCAB, HUUFMA e HGTLF), entre 2020 e 2022. Todos os pacientes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) e foram entrevistados para coleta de dados sociocomportamentais. Para determinação alélica do códon 72 do gene TP53, amostras de sangue periférico foram coletadas de cada paciente para extração de DNA de células sadias. As amostras de DNA foram submetidas à amplificação por PCR (Polymerase Chain Reaction) qualitativa utilizando pares de primers específicos para o alelo determinante do aminoácido Arginina (ArgF/R) e e para o alelo da Prolina (ProF/R). Para detecção do HPV, foram coletados fragmentos de tecido tumoral de cada paciente em centro cirúrgico. As amostras de tumor foram armazenadas em solução RNAlater e submetidas posteriormente a extração de DNA tumoral. Essas amostras foram amplificadas por PCR (nested) para detecção do HPV utilizando os primers genéricos PGMY09/11 (450 pb) na primeira rodada, e os primers GP5+/GP6+ (170 pb) na segunda. Os produtos de PCR para detecção de HPV, bem como de determinação alélica do códon 72 de TP53 foram avaliados em gel de agarose 1,5%. Os casos positivos para HPV foram sequenciados por eletroforese capilar para determinação do genótipo viral. A análise de expressão proteica de p53 foi conduzida por imuno-histoquímica, utilizando anticorpo monoclonal anti-p53 (DO-7) e seguindo protocolo recomendado pelo fabricante (Dako, Agilent Technologies). Todos os tumores foram revisados por dois patologistas para caracterização dos aspectos histopatológicos. Os resultados revelaram alta frequência de alelo arginina em homozigose (Arg/Arg), detectado em 73,6% dos casos, e todos os demais casos (26,4%) foram heterozigotos (Pro/Arg). Cerca de 66,7% dos casos foram positivos para HPV, sendo mais frequente o subtipo 16 (67,9%), de alto risco oncogênico. A análise de expressão proteica de p53 revelou positividade em 59,6% dos casos. Quando associados os dados entre si e com os aspectos clínicos e histopatológicos dos casos, houve associação entre a positividade para HPV e a presença de coilocitose (p=0,001). A ausência de invasão perineural (p=0,002) e estadiamento pT2 (p=0,016) foram associados aos casos sem infecção por HPV-16. Ademais, foi observada associação entre a positividade para HPV e os casos com genótipo Arg/Arg (p=0,004), e a ausência de expressão da proteína p53 esteve associada à tumores sem transformação sarcomatoide (p=0,012), com estadiamento II (p=0,019) e ausência de coilocitose (p=0,027). Os achados desta pesquisa sustentam o papel da infecção por HPV em tumores de pênis e descreve aspectos importantes da relação entre o polimorfismo do códon 72 de TP53 e a infecção pelo vírus, como tem sido relatado em outros cânceres HPV-associados.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2065143 - FLAVIA CASTELLO BRANCO VIDAL CABRAL
Presidente - 2046964 - GYL EANES BARROS SILVA
Externo à Instituição - JAQUELINE DINIZ PINHO - UEMA
Interno - 1556448 - MARCELO SOUZA DE ANDRADE
Interno - 3101796 - RUI MIGUEL GIL DA COSTA OLIVEIRA

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