PPGSAD/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALOISIO ROSADO FILHO
DATA: 26/01/2023
HORA: 14:00
LOCAL: videoconferencia
TÍTULO: ATUAÇÃO DO ÁCIDO TRANEXÂMICO ORAL OU INTRAVENOSO EM PACIENTES SUBMETIDOS A REPARO ARTROSCÓPICO DE RUPTURAS DE MANGUITO ROTADOR NO OMBRO: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
PALAVRAS-CHAVES: Artroscopia. Ácido Tranexâmico. Sangramento
PÁGINAS: 59
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: Introdução: A artroscopia do ombro é um dos procedimentos mais comumente executados na ortopedia. No entanto, artroplastia total do ombro é associada ao risco de perda de sangue perioperatório. A fim evitar essa ocorrência, o ácido tranexâmico vem sendo estudado como estratégia. Se trata de um análogo do aminoácido lisina que serve como um agente anti-fibrinolítico que reduz a conversão do plasminogênio para plasmina e assim prevenindo a fibrinólise, o que resulta na diminuição do sangramento. Objetivo: Avaliar a ação do ácido tranexâmico oral ou intravenoso na melhora do sangramento e na claridade visual no intraoperatório de pacientes submetidos a reparo artroscópico de rupturas de manguito rotador no ombro. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico, prospectivo, randomizado, duplo-cego, realizado entre julho de 2020 e setembro de 2022 no Hospital São Domingos, São Luís, Maranhão, Brasil. Foram incluídos pacientes 18 anos ou mais de idade, com diagnóstico de ruptura do manguito rotador e falha do tratamento conservador por mais de 3 meses. Os pacientes foram randomizados em três grupos, Controle (GC), e intervenção com ácido tranexâmico (TXA) via Oral (GC) e Intravenoso (GI). Resultados: Foram incluídos 60 pacientes, igualmente divididos nos grupos grupo controle (n = 20), Oral (n = 20) e Intravenoso (n = 20), onde predominaram mulheres, idosos, pardos e majoritariamente residentes da capital do estado e região metropolitana, casados, com ensino médio completo e empregados.. Não se observou diferença significativa entre os grupos em relação ao peso, que apresentou maior mediana no CG, que nos GO e GI, da mesma forma o IMC. Na análise de tempos operatórios, o grupo GI apresentou maior tempo cirúrgico que GC e GO, assim como maior duração da anestesia. Em relação as intervenções intraoperatórias foram mais observadas número de ablações no grupo GO e maior uso de fluido de irrigação no GC. O uso do TXA não interferiu significativamente na resposta inflamatória entre os grupos avaliados. Não foram notadas diferenças significativas entre os grupos na análise do hemograma e coagulograma realizada, sendo observado valores estáveis de hemoglobina (Hb), embora o grupo GC tenha apresentado pequena redução, esta foi significativa em relação a avaliação em 24h. A Atividade da Protrombina (AP) apresentou redução em 24h em relação a indução nos grupos avaliados. Da mesma forma, a Razão Normalizada Internacional (RNI) não demonstrou diferenças entre os grupos, porém apresentou aumento significativo nos grupos em 24h em relação aos valores na indução. Os níveis de Leucócitos apresentaram significativo aumento independente do grupo avaliado. Observou-se redução significativa do Tempo de Tromboplastina Parcial ativado em 24h em relação ao momento da indução. O mesmo foi observado em relação à Relação TTPa, com redução significativa entre os tempos avaliados no GC, GO e GI. A Clareza visual objetiva ou subjetiva não demonstraram diferenças entre os grupos. Conclusões: O uso de TXA não interferiu significativamente no número de intervenções intraoperatórias ou no tamanho de edemas pós-operatórios, bem como não proporcionou diferenças significativas em relação à resposta inflamatória, hemograma e coagulograma, ou mesmo na clareza visual objetiva e subjetiva entre os grupos avaliados.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2265907 - CAIO MARCIO BARROS DE OLIVEIRA
Interno - 2296553 - ED CARLOS REY MOURA
Interno - 1556448 - MARCELO SOUZA DE ANDRADE
Interno - 407201 - MARIA DO DESTERRO SOARES BRANDAO NASCIMENTO
Presidente - 2603610 - PLINIO DA CUNHA LEAL