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LÁPIS-LAZÚLI

 

LÁPIS-LAZÚLI
PEDRA DA AMIZADE, QUE FAVORECE O RELACIONAMENTO ENTRE AS PESSOAS

 

A pedra:
De cor azul, entre o opaco ao semitranslúcido, o lápis-lazúli é composto de vários minerais: uma combinação do mineral azul lazurita, estrias brancas de calcita, com hauynita, sodalita e algumas partículas douradas de pirita – daí ser considerado uma rocha. Também é chamado comercialmente de lápis-do-afeganistão, lápis-russo, lápis-siberiano, lápis-chileno, lápis-oriental.
Sua cor tem variação de azul ligeiramente esverdeado, médio e escuro ao azul avioletado, frequentemente com veios ou salpicos de inclusões de pirita e/ou calcita.

 

Lápis-lazúli, conhecido também como lápis-azul, é uma rocha metamórfica de cor azul utilizada como gema ou como rocha ornamental desde antes de 7000 a.C. em Mehrgarh, na Índia, situado nos dias de hoje no Paquistão. A sua cor, azul-escura e opaca, fez com que esta gema fosse altamente apreciada pelos faraós egípcios, como pode ser visto por seu uso proeminente em muitos dos tesouros recuperados dos túmulos faraônicos.

A primeira parte do nome, lápis, em latim, significa pedra. A segunda parte, lazúli, é a forma genitiva no latim de lazulum, que veio do árabe (al)-lazward, ou do sânscrito Raja Warta, significando anel, vida do rei. Lazúli era originalmente um nome; logo veio a significar azul por causa da pedra.

No antigo Egito, o lápis-lazúli era a pedra favorita para amuletos e ornamentos. O lápis-lazúli simbolizava a água como elemento primordial da criação e era colocado juntamente com as múmias para substituir o coração e fazer a regeneração no outro mundo. Eles trituravam esta pedra para obter um pigmento que decorava as vestes sacerdotais e os Templos; Era considerado um poderoso amuleto, utilizado como cosmético pelas mulheres como sombra para os olhos; também, consagrado à deusa Ísis, pois os sacerdotes acreditavam que através de um processo de meditação com esta rocha era possível entrar em contacto com os deuses.

O lápis-lazúli era uma das pedras utilizadas sobre o peitoral dos mais altos sacerdotes de Israel. A tradição diz que as Leis dadas a Moisés estavam gravadas em tábuas de lápis-lazúli.

Na China, era uma das Sete Coisas Preciosas. Como inscrito no capítulo 140 do Livro dos Mortos egípcio, o lápis-lazúli, na forma de um olho ajustado no ouro, foi considerado um amuleto de grande poder. No último dia do mês, oferecia-se este olho simbólico, porque se acreditava que, nesse dia, um ser supremo colocou tal imagem em sua cabeça.

Mais tarde, os romanos acreditavam que o lápis-lazúli era um afrodisíaco, ao passo que na Idade Média era utilizado por se acreditar nas suas qualidades curativas em relação a doenças de pele. Durante muito tempo este azul era admirado e utilizado pelos artistas. O pó triturado desta rocha era utilizado como pigmento e era conhecido não só pela sua beleza como pelo seu preço extremamente elevado.

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