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Banca de DEFESA: HENRY GUILHERME FERREIRA ANDRADE

2024-07-19 19:08:09.177

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HENRY GUILHERME FERREIRA ANDRADE
DATA: 01/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: “SOMOS SOCIEDADE TAMBÉM, SOMOS HUMANOS, SOMOS RELIGIOSOS”: uma análise da violência contra as religiões afro-brasileiras em Imperatriz/MA.
PALAVRAS-CHAVES: Violência Religiosa. Religiões afro-brasileiras. Agentes Públicos. Instituições Públicas.
PÁGINAS: 118
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
SUBÁREA: Outras Sociologias Específicas
RESUMO: Este estudo visa analisar a violência contra as religiões afro-brasileiras em Imperatriz/MA, investigando como as instituições respondem às denúncias, quem são os sujeitos, e além da postura do Estado em relação ao problema. A religião, um objeto de estudo crucial na Sociologia, foi abordada por teóricos clássicos e contemporâneos, ocupando posição de destaque nas teorias sociais. A marginalização das religiões afro-brasileiras motiva o interesse por um estudo in loco sobre o fenômeno. O Censo do IBGE de 2010 revelou que apenas 8% dos brasileiros não se identificam com nenhuma religião, sendo que mais de 80% são seguidores de religiões cristãs, enquanto as religiões afro-brasileiras permanecem como minorias numéricas e marginalizadas (IBGE, 2022). Em Imperatriz/MA, o censo destacou uma adesão significativa ao catolicismo e ao protestantismo, contrastando com a visibilidade limitada de Umbanda e Candomblé, apesar de registros não oficiais indicarem a existência de mais de 20 terreiros na cidade. O fenômeno ganhou mais visibilidade em novembro de 2021 com a realização da primeira audiência pública para discutir as demandas dos Povos de Terreiro, incluindo o pedido de segurança para as expressões religiosas afro. Em março de 2023, ocorreu uma segunda audiência pública intitulada "KAÔ KABECILE XANGÔ", que reuniu instituições como a Defensoria Pública do Estado do Maranhão, a Câmara de Vereadores de Imperatriz, a Associação de Terreiros de Cultura e Religião de Matriz Africana (ASTERCMA) e líderes religiosos, destacando relatos adicionais de violência contra as religiões afro-brasileiras e incentivando investigações posteriores. Este estudo utiliza um arcabouço teórico que inclui autores como Mundicarmo Ferretti (1995, 2007), Shwarcz (2007, 2021), Nancy Leys Stepan (2004), Stuart Hall (2003, 2006), Paul Gilroy (2001, 2007), Pierre Bourdieu (1989), Ari Pedro Oro (2015), Vagner Gonçalves da Silva (2015, 2023) e Sidnei Nogueira (2020), explorando aspectos históricos e conceituais da violência religiosa. A metodologia adotada envolve pesquisa de campo com entrevistas semiestruturadas junto às autoridades públicas, como Defensoria Pública, Ministério Público e delegacias, além da ASTERCMA, e uma abordagem da sociologia dos arquivos para análise das denúncias formais feitas pelos povos de terreiro. Conclui-se que a violência religiosa é um problema latente em Imperatriz/MA, manifestando-se através de intolerância e racismo religioso estrutural e institucional, com a invisibilização sendo exacerbada pela ação ou omissão das instituições.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1829367 - ROGERIO DE CARVALHO VERAS
Interno - 1695124 - GAMALIEL DA SILVA CARREIRO
Externo ao Programa - 2518225 - RAIMUNDO INACIO SOUZA ARAUJO
Co-orientador - 1258231 - THIAGO LIMA DOS SANTOS

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