Banca de DEFESA: CARLOS WELLINGTON SOARES MARTINS
2019-06-03 09:30:04.306
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARLOS WELLINGTON SOARES MARTINS
DATA: 18/06/2019
HORA: 15:00
LOCAL: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS
TÍTULO: HÁ UMA LUTA DE CLASSES NOS LIVROS: política cultural para a democratização do livro e leitura no Brasil no contexto neoliberal
PALAVRAS-CHAVES: Cultura. Política cultural. Democratização da leitura.
Ideologia. Leitura. Luta de classes.
PÁGINAS: 195
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
RESUMO: As políticas públicas de cultura, ou políticas culturais, tem avançado em sua
formulação e implementação e vem ganhando relevância enquanto categoria
de análise e na forma como ocupa espaço na agenda governamental, seja na
esfera federal, estadual e municipal. A democratização do livro e da leitura são
orientadas por uma política cultural gestada pelo Minc e pelo MEC em uma
ação interministerial, mas com predominância de ações pela pasta da cultura.
Sob a orientação da teoria marxista, tendo como cenário a conjuntura social,
política, cultural e econômica, destaca-se na análise a predominância das
categorias: Ideologia, Política cultural e Democratização do livro e leitura e Luta
de Classes. A tese apresentada tem por objeto os determinantes estruturais e
conjunturais, bem como os princípios político-ideológicos que demarcaram a
concepção da política de democratização do livro e da leitura, tendo como
referência o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), lançado em 2006, no
governo do então presidente Luís Inácio Lula da Silva, tendo como objetivo
principal o de assegurar e democratizar o acesso a leitura e ao livro a toda a
sociedade brasileira. Objetiva analisar os determinantes estruturais e
conjunturais que definem os aspectos políticos-ideológicos presentes na
concepção e elaboração da política pública nacional de leitura através do
PNLL. Buscou-se desvendar a correlação de forças que influenciaram a
democratização do livro e da leitura por meio da inserção na agenda
governamental como política nacional. A tese defendida nesta análise é de que
a democratização do livro e da leitura no Brasil tem o seu percurso histórico
marcado, fortemente, pelas tradições: autoritarismo, descontinuidades, caráter
tardio e fragilidade institucional, facilmente perceptível nas políticas culturais do
livro e leitura empreendidas, que dificulta a possibilidade da construção de uma
sociedade leitora,como também acabam por tentar empreender uma inclusão
social por meio do acesso a bens culturais que, alinhados ao ideário
neoliberal, caracterizam os sujeitos mais como consumidores do que
necessariamente aptos ao exercício de sua cidadania plena.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1349324 - ILSE GOMES SILVA
Externo ao Programa - 2336964 - JOELMA REIS CORREIA
Externo ao Programa - 407628 - MARIA DA GLORIA SERRA PINTO DE ALENCAR
Interno - 1026370 - MARIA MARY FERREIRA
Externo ao Programa - 407654 - MARISE MARCALINA DE CASTRO SILVA ROSA