Ir para acessibilidade
inicio do conteúdo

Banca de QUALIFICAÇÃO: BÁRBARA CRISTINA SILVA PEREIRA

2024-05-21 14:30:20.763

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BÁRBARA CRISTINA SILVA PEREIRA
DATA: 31/05/2024
HORA: 15:00
LOCAL: Google meet (online)
TÍTULO: “RESISTIR PARA EXISTIR, EXISTIR PARA REAGIR”: análise do direito social à saúde da população trans e travesti a partir do Ambulatório de Sexualidade de um Hospital de Alta Complexidade do Maranhão
PALAVRAS-CHAVES: pessoas trans e travestis; direito social à saúde; diversidade de gênero; neoliberalismo.
PÁGINAS: 178
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
RESUMO: A pesquisa teve como objetivo analisar as contradições que permeiam o direito social à saúde de pessoas trans e travesti, com base na realidade do Ambulatório de Sexualidade do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA). Para isso, buscou-se apreender as formas de exploração e opressão às quais as populações trans e travesti têm sido submetidas nos marcos do capitalismo, a partir de um olhar interseccional e atento às suas formas de organização social e política. Além disso, discutiu-se como as políticas públicas de saúde têm contemplado a população trans e travesti no Brasil, com ênfase nas disputas entre o Projeto de Reforma Sanitária e o Projeto Privatista. O método de análise utilizado foi o materialismo histórico-dialético, por entender que o objeto de estudo parte da compreensão da realidade concreta, inserida, por sua vez, em uma totalidade dinâmica e contraditória. Utilizou- se como procedimentos metodológicos a revisão de literatura, a pesquisa documental e a pesquisa empírica. Na pesquisa documental, analisou-se 124 Entrevistas de Acolhimento Social (EAS) realizadas pelo Serviço Social com usuários/as do Ambulatório de Sexualidade que adentraram no serviço entre 2016 e 2023. Na pesquisa empírica, entrevistou-se 10 usuários/as e 3 profissionais de saúde. Observou-se que o Ambulatório de Sexualidade é composto majoritariamente por homens trans, negros, com ensino médio completo e residentes na região metropolitana de São Luís-MA. Verificou-se também altos índices de evasão, assim como disparidades entre gênero e raça. Dessa forma, os resultados apontam para duas grandes contradições: a primeira delas diz respeito à rejeição violenta à existência de pessoas trans e travestis, funcional à preservação de uma sociedade patriarcal e cisheteronormativa, e, ao mesmo tempo, à sua composição no mundo do trabalho – enquanto mão de obra reserva, barata e precarizada; a segunda refere-se aos limites da efetivação do direito social à saúde na sociedade capitalista neoliberal, a qual difunde uma suposta ineficiência estatal, promove o desmonte das políticas sociais e introduz métodos de gestão empresarial no campo da saúde pública. Nesse compasso, tornam-se essenciais as estratégias de resistência dos movimentos sociais organizados e contra-hegemônicos, os quais têm atuado não apenas para continuar existindo, mas também por novas formas de reação e superação da realidade atual.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 849.960.133-20 - CARLOS WELLINGTON SOARES MARTINS
Interno - 2433735 - CRISTIANA COSTA LIMA
Presidente - 270.444.753-53 - MARLY DE JESUS SA DIAS

fim do conteúdo