Banca de QUALIFICAÇÃO: ROSA CRISTINA RIBEIRO DA SILVA
2019-10-16 09:58:29.419
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ROSA CRISTINA RIBEIRO DA SILVA
DATA: 21/10/2019
HORA: 09:00
LOCAL: SALA 01 - PPGCS
TÍTULO: Estudo da capacidade e competência de Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae) como vetor de Leishmania braziliensis e Leishmania amazonensis.
PALAVRAS-CHAVES: Transmissão experimental; Colônia de flebotomíneos;
Leishmaniose Tegumentar Americana; Interação vetor-parasito.
PÁGINAS: 109
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Biologia Geral
RESUMO: Considerando que Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae), vetor de
Leishmania (L.) infantum, agente etiológico da Leishmaniose Visceral Americana
(LVA) é permissiva para albergar outras espécies de leishmanias e, havendo
registros de ocorrência desse vetor em áreas endêmicas de Leishmaniose
Tegumentar Americana (LTA), a presente pesquisa teve como objetivo verificar
a capacidade de Lu. longipalpis se infectar e transmitir espécies de Leishmania
causadoras de LTA. Inicialmente, foi estabelecida uma colônia de Lu. longipalpis
para criação e manuntenção de insetos a partir de espécimes coletados em
campo e realizado estudo da biologia dos insetos mantidos na colônia
experimental. As fêmeas virgens nascidas na colônia foram utilizadas nos
ensaios de capacidade e competência vetorial em experimentos in vivo utilizando
camundongos BALB/c infectados por Le. amazonensis. Para isso, a colônia foi
iniciada a partir de fêmeas capturadas em galinheiro no município da Raposa,
MA, utilizando-se armadilha luminosa do tipo CDC (Center of Disease Control).
No período de 2017 a 2019 a colônia produziu oito gerações (F8) a partir da
geração parental (P). Obteve-se um total de 16.594 insetos adultos, havendo
produção equilibrada entre machos e fêmeas em todas as gerações (49%
machos e 51% fêmeas). O ciclo de vida de ovo a adulto foi, em média, de 27
dias, a 27°C e umidade relativa de 80%. As fêmeas alimentaram-se avidamente
em camundongos Swiss, com uma postura média de 34 ovos/fêmea. A
inviabilidade dos ovos foi de 62,2%, seguida das larvas (23,41%), enquanto que
as pupas mostraram-se mais resistentes à contaminação por fungos (2,1%). Em
relação à produtividade de insetos adultos, a maior taxa foi observada na
geração F1, enquanto a maior taxa de fecundidade ocorreu nas gerações F4 a
F6. Demonstrou-se a capacidade de Lu. Longipalpis em se infectar com Le.
amazonensis, apresentando taxa de infecção de 32%. Conclui-se que a espécie
Lu. Longipalpis apresenta boa adaptação para as condições de laboratório, pois
a colônia foi estabelecida com sucesso, com capacidade de produzir quantidade
de adultos suficiente para desenvolver ensaios de infecção experimental em
modelo murino. Asssim, considerando esses resultados, serão reslizados os
ensaios de competência vetorial de modo a elucidar o perfil epidemiológico da
LTA urbana, onde Lu. longipalpis ocorre mais frequentemente.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 238.478.163-49 - ANA LÚCIA ABREU SILVA - UEMA
Interno - 1556449 - LIVIO MARTINS COSTA JUNIOR
Externo ao Programa - 2636434 - LUIS FERNANDO CARVALHO COSTA