Banca de QUALIFICAÇÃO: VALDENICE FERREIRA DOS SANTOS
2020-12-14 14:45:17.254
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VALDENICE FERREIRA DOS SANTOS
DATA: 21/12/2020
HORA: 14:00
LOCAL: On-line
TÍTULO: ESTUDO DA INTERAÇÃO E EFEITO MODULADOR DA LECTINA DAS SEMENTES DE Dioclea violacea E O ANTIBIÓTICO GENTAMICINA EM BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES.
PALAVRAS-CHAVES: Antimicrobiano; Proteína; Interação.
PÁGINAS: 77
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Bioquímica
RESUMO: A Organização Mundial da Saúde nomeou a resistência bacteriana aos antibióticos como um
importante problema de saúde pública no século XXI, em virtude dos danos causados tanto a
saúde humana e animal quanto no âmbito econômico, fazendo-se necessário o
desenvolvimento de novas estratégias, a fim de solucionar esta problemática. Visando isso,
estudos in vitro revelam que uma classe de proteínas com habilidade de reconhecerem e
interagirem com carboidratos específicos, chamadas lectinas, quando associadas à antibióticos
têm se mostrado uma alternativa eficaz para o tratamento de infecções causadas por
patógenos multirresistentes, visto que essa combinação é capaz de aumentar o efeito
antibacteriano de aminoglicosídeos. Nesse contexto, esse trabalho teve como objetivo avaliar
a interação e o efeito modulador da lectina de Dioclea violacea (DVL) e o antibiótico
gentamicina contra linhagens bacterianas multirresistentes. Inicialmente foi realizada a coleta
das sementes, preparação da farinha e extração da lectina utilizando solução salina de NaCl
0,15 M, seguida da purificação da lectina por meio de cromatografia de afinidade em gel
sephadex G-75. A lectina pura foi utilizada nos ensaios de interação, os quais foram: inibição
da atividade hemaglutinante e espectroscopia de fluorescência, a fim de medir a constante de
interação entre lectina e antibiótico. Nos ensaios biológicos foram utilizadas cepas
multirresistentes de Staphylococcus aureus 10, Escherichia coli 06 e Pseudomonas
aeruginosa 15, onde foi observada a concentração inibitória mínima (CIM) da lectina, foi
utilizada uma concentração sub-inibitória da lectina no ensaio de modulação da atividade
antibiótica, buscando observar a capacidade da lectina de potencializar o efeito da
gentamicina contra as cepas bacterianas, além disso, foi realizado o ensaio de influência da
DVL no desenvolvimento do fenótipo adaptativo para a gentamicina. A CIM obtida para
DVL contra todas as cepas estudadas não foi clinicamente relevante (CIM ≥ 1024 ug/mL). No
entanto, quando a DVL foi combinada com gentamicina, foi observado um aumento
significativo contra S. aureus e E. coli. Constatou-se após 10 dias de tratamento contínuo que
a DVL reduziu a tolerância de S. aureus à gentamicina. Além disso, estudos de inibição da
atividade hemaglutinante e espectroscopia de fluorescência, revelaram que a gentamicina
pode interagir com DVL através do domínio de reconhecimento à carboidratos (DRC),
sugerindo que os resultados obtidos neste estudo podem estar diretamente relacionados à
interação DVL-gentamicina.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 965.677.243-15 - AFONSO GOMES ABREU JÚNIOR - UNICEUMA
Interno - 1555662 - ALEXANDRA MARTINS DOS SANTOS SOARES