Banca de QUALIFICAÇÃO: ARTHUR ANDRE CASTRO DA COSTA
2021-01-22 11:51:00.334
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ARTHUR ANDRE CASTRO DA COSTA
DATA: 26/01/2021
HORA: 15:30
LOCAL: On line (Qualificação não computa presença para Tópicos II).
TÍTULO: EFEITO DE Vismia guianensis (Aubl.) Chosy EM MODELO DE
SEPSE LETAL INDUZIDA POR Candida albicans
PALAVRAS-CHAVES: Imunomodulação; Sepse; Neutrófilos; Antifúngico.
PÁGINAS: 52
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Imunologia
SUBÁREA: Imunologia Celular
RESUMO: A incidência de candidíase tem aumentado consideravelmente na América Latina.
Esta doença infecciosa é causada, majoritariamente, por Candida albicans, um
fungo polimórfico, presente na microbiota humana sadia, e responsável por
infecções oportunistas na cavidade oral, vaginal, trato respiratório, entre outros
locais. Sua virulência está associada a capacidade de formar biofilmes, invadir
tecidos e dispersar-se pelo organismo do hospedeiro provocando a sepse. Para o
tratamento desta, a droga mais utilizada é a Anfotericina B, no entanto, a resistência
e as reações adversas desse medicamento servem como argumento para a busca
por tratamentos alternativos ou complementares à base de espécies vegetais. Neste
contexto Vismia guianensis, planta conhecida popularmente por pau-de-lacre,
apresenta ação antimicrobiana e antifúngica já comprovada em ensaios in vitro, mas
a avaliação do seu efeito in vivo ainda é pouco explorada. Sendo assim, o objetivo
deste trabalho foi avaliar o efeito anti-Candida de V. guianensis em infecção letal
induzida por Candida albicans. Foi produzido para o estudo o extrato hidroetanólico
das folhas de V. guianensis (EHVG), com hidromódulo 1:10. Nos ensaios in vivo
foram utilizados camundongos Swiss fêmeas (n=7/grupo), imunossuprimidos por via
intraperitoneal (ip.) com ciclofosfamida (50mg/kg) e infectados 48h depois, via ip.
com blastoconídeos de C. albicans (1x10 8 /mL). Em seguida, os animais foram
distribuídos em grupos conforme o tratamento: CONTROLE: Infectado e não tratado;
ANFO: animais infectados e tratados com Anfotericina B, via ip. (600µg/Kg) e EHVG:
infectado e tratados com o extrato, via oral (5mg/Kg). Foi também incluído no estudo
um grupo SHAM: não infectado e não tratado. A sobrevida dos animais foi avaliada
durante 5 dias após a infecção. A avaliação imunológica foi realizada em animais,
distribuídos nos mesmos grupos, 24h após a infecção, considerando a contagem
total, diferencial de células sanguíneas e de unidades formadoras de colônias (CFU).
Também foi avaliado o número total e diferencial de células do baço, bem como foi
determinado a CFU no lavado peritoneal, sítio da infecção. Os animais tratados com
EHVG apresentaram aumento na sobrevida (60%) e na expectativa de vida,
associado à redução nos números de CFU no sangue e lavado peritoneal, quando
comparado ao grupo controle. O tratamento com EHVG também aumentou a
celularidade total no sangue e o número de neutrófilos e macrófagos no peritônio,
interferindo na distribuição celular nesse local. Considerando que o extrato é rico em
antraquinonas e que esses compostos apresentam ação antimicrobiana e
antifúngica, sugerimos que os efeitos benéficos do EHVG na sepse letal estejam
relacionados ao elevado teor de antraquinonas presentes no extrato e ao efeito
desse extrato no aumento da migração de neutrófilos e macrófagos para a cavidade
peritoneal, local da infecção.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1701663 - LUCILENE AMORIM SILVA
Interno - 1136091 - PAULO VITOR SOEIRO PEREIRA