PPGCS/CCBS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCIANA DA SILVA BASTOS
DATA: 24/06/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Defesa on-line
TÍTULO: Análise das vulnerabilidades ambientais da Leishmaniose Visceral Humana e prevalência da doença canina em Municípios da baixada maranhense.
PALAVRAS-CHAVES: Leishmaniose Visceral. Baixada Maranhense. Índice de Desenvolvimento Humano. Ecoepidemiologia. Doenças negligenciadas.
PÁGINAS: 156
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Parasitologia
RESUMO: O objetivo da pesquisa foi identificar as vulnerabilidades ambientais associadas a Leishmaniose Visceral Humana e a prevalência da doença canina em municípios da Baixada Maranhense – MA. A pesquisa foi realizada em 10 dos municípios que integram a Microrregião da Baixada Maranhense: Pinheiro, Arari, Matinha, Viana e São Bento (médio IDHM); Bela Vista do Maranhão, Monção, Cajari, Pedro do Rosário e Conceição do Lago Açú (baixo IDHM). Os dados secundários de Leishmaniose Humana foram extraídos do Sistema Nacional de Agravos de Notificação SINAN/DATASUS, do período de 2007 a 2017; dados sobre desflorestamento do IBGE, e de queimada do Intituto Nacional de Pesquisa Espaciais (INPE). Os dados dos cães foram reunidos através de busca ativa por cães domiciliados de cada município, em 2018 e 2019, de ambos os sexos, com ou sem raça definida, idade mínima de seis meses, cujos proprietários aceitaram participar da pesquisa, após conhecimento dos objetivos e importância do estudo, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE. A triagem dos cães foi realizada com a utilização do teste rápido TR DPP® Leishmaniose Visceral Canina do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio- Manguinhos/FIOCRUZ. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Experimentação Animal (CEEA) da UEMA, sob protocolo N°037/2017. Foi estabelecido o perfil clínico, sorológico e molecular de 340 cães. Os resultados foram tabulados e submetidos a testes de qui-quadrado e análise de componentes principais. Através do teste ELISA (EIE LVC Bio-manguinhos®) 176 animais foram positivos para leishmaniose e 164 animais foram negativos. Das 152 amostras analisadas por PCR, 57 foram positivas, e dessas 14 foram sequenciadas, sendo identificadas como Leishmania infantum. Os sinais mais importantes encontrados foram: secreção ocular, alopecia, lesões cutâneas em orelha e focinho, crescimento de unhas e blefarite. Das 15 variáveis analisadas pelo método dos componentes principais, apenas a proximidade com a floresta (PROXMATA) está diretamente relacionada à ocorrência de leishmaniose em cães. Em relação as vulnerabilidades ambientais, houve redução do desflorestamento em 11%, entre 2008 e 2014; e dos focos de queimadas, entre 2007 e 2017; e incremento de 112% das áreas urbanas. Monção e Bela Vista do Maranhão registraram os maiores aumentos de Leishmanioses. São Bento, Pedro do Rosário e Cajari, os menores. Dentre os indicadores avaliados, a falha nos indicadores-resposta é o maior responsável pela vulnerabilidade dos moradores e cães, a Leishmaniose Humana e Canina. Os mais vulneráveis são Monção e Bela Vista do Maranhão, pois apresentaram os maiores números de casos para Leishmaniose Visceral Humana e Canina. Considera-se que os dois produtos gerados: cartilha educativa e aplicativo móvel são importantes instrumentos, com provável impacto e inserção social nos municípios pesquisados, bem como no Maranhão, haja vista que, as pesquisas acadêmicas, também precisam exercitar o seu papel social.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 238.478.163-49 - ANA LÚCIA ABREU SILVA - UEMA
Interno - 704.101.861-04 - EDUARDO MARTINS DE SOUSA - UNICEUMA
Externo à Instituição - FLÁVIA DE OLIVEIRA CARDOSO - FIOCRUZ
Externo ao Programa - 2326833 - JOSE AQUINO JUNIOR
Interno - 1555889 - RAFAEL CARDOSO CARVALHO