Banca de DEFESA: ARTHUR ANDRE CASTRO DA COSTA
2021-07-01 15:39:24.069
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ARTHUR ANDRE CASTRO DA COSTA
DATA: 02/07/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Defesa on-line
TÍTULO: EFEITO DE Vismia guianensis (Aubl.) Chosy EM MODELO DE SEPSE LETAL INDUZIDA POR Candida albicans.
PALAVRAS-CHAVES: Imunomodulação; Sepse; Tenebrio molitor; Antifúngico.
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Imunologia
SUBÁREA: Imunologia Celular
RESUMO: Candida albicans é o principal fungo oportunista responsável por infecções locais ou
sistêmica como a sepse. O principal tratamento para sepse fúngica é a Anfotericina
B, no entanto, a resistência e as reações adversas a esse medicamento servem como
argumento para a busca por tratamentos alternativos à base de espécies vegetais.
Neste contexto Vismia guianensis, planta conhecida popularmente por pau-de-lacre,
apresenta ação antifúngica já comprovada em ensaios in vitro, mas a avaliação do
seu efeito in vivo ainda é pouco explorada. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi
avaliar o efeito anti-Candida de V. guianensis em infecção letal induzida por Candida
albicans. Neste estudo foi utilizado o extrato hidroetanólico das folhas de V. guianensis
(EHVG) e foram realizados ensaios em larvas de Tenebrio molitor. Para isso, as larvas
foram divididas em 4 principais grupos: PBS, ANFO B, EHVG e Antraquinona.
Posteriormente foram avaliadas: em testes de toxicidade aguda (via injeção
intracelômica), avaliação de sobrevida em infecção letal (inóculo 5x103 CFU- 10µL) e
avaliação de CFU em infecção sub-letal (inóculo 5x102 CFU- 10µL) como screaning
de dose com ação anti-Candida para ensaio de infecção letal em camundongos. Como
resultado foi observado que o EHVG (100mg/kg) apresentou toxicidade para 60% nas
larvas. Em modelo infecção letal o EHVG (5mg/kg) apresentou sobrevida de 60%
semelhante aos animais tratados com anfotericina B, por outro lado o resultado com
animais tratados com antraquinona não foi promissor; já na infecção sub-letal o EHVG
(5mg/kg) reduziu a taxa de unidades formados de colônia, demonstrando que a
concentração de 5mg/kg do EHVG apresenta ação anti-Candida. Para os ensaios em
camundongos, estes foram imunossuprimidos, por via intraperitoneal (ip.) com
ciclofosfamida (50mg/kg) e infectados 48h depois, via ip., com blastoconídeos de C.
albicans (2x107CFU- 200 µL /mL). Os animais foram distribuídos em grupos conforme
o tratamento: CONTROLE: Infectado e não tratado; ANFO B: animais infectados e
tratados com Anfotericina B, via ip. (600µg/Kg) e EHVG: infectado e tratados com o
extrato, via oral (5mg/Kg). Foi também incluído no estudo um grupo SHAM: não
infectado e não tratado. A sobrevida dos animais foi avaliada durante 5 dias após a
infecção. A avaliação imunológica foi realizada em animais, distribuídos nos mesmos
grupos, 24h após a infecção, considerando a contagem total, diferencial de células
sanguíneas e de unidades formadoras de colônias (CFU). Os animais tratados com
EHVG apresentaram aumento na sobrevida (60%) e na expectativa de vida,
possivelmente porque o tratamento reduziu o número de CFU no sangue e no lavado
peritoneal. O tratamento com EHVG também aumentou a celularidade total no
sangue, com aumento de neutrófilos e interferiu na distribuição celular no peritônio,
possivelmente devido ao recrutamento de macrófagos na cavidade peritoneal.
Considerando que o extrato é rico compostos fenólicos, em especial vismiona D, e
que esses compostos apresentam ação antifúngica já evidenciada, sugerimos que os
efeitos benéficos do EHVG na sepse letal estejam relacionados a presença vismiona
D, e ao EHVG ação imunomodulatória no aumento de neutrófilos no sangue e
macrófagos no sítio da infecção.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - LUIS CLAUDIO NASCIMENTO DA SILVA - UNICEUMA
Externo ao Programa - 2583080 - MARCIA CRISTINA GONCALVES MACIEL
Externo ao Programa - 2985612 - MAYARA CRISTINA PINTO DA SILVA
Presidente - 306484 - ROSANE NASSAR MEIRELES GUERRA LIBERIO