Banca de QUALIFICAÇÃO: ALYNI SEBASTIANY MENDES DUTRA
2021-10-01 12:33:16.688
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALYNI SEBASTIANY MENDES DUTRA
DATA: 06/10/2021
HORA: 17:00
LOCAL: On-line
TÍTULO: PREDIÇÃO DA SOBREVIDA DE PACIENTES ONCOLÓGICOS EM CUIDADOS PALIATIVOS:
COMPARAÇÃO DA ACURÁCIA ENTRE A ESTIMATIVA CLÍNICA DE SOBREVIDA E A ESCALA PPI
PALAVRAS-CHAVES: Câncer; Cuidados Paliativos; Escalas Prognósticas.
PÁGINAS: 69
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: Introdução: A predição da sobrevida para pacientes com câncer avançado e em cuidados
paliativos, impactam diretamente nas condutas clínicas da equipe multidisciplinar e
relativizam a abordagem dos cuidados. Estimativas incorretas de sobrevida podem resultar em
piora da qualidade de vida e aumento dos custos com assistência médica. Estudos anteriores
sugeriram uma discrepância entre a estimativa de sobrevivência com base na experiência
clínica dos médicos e a sobrevivência real, viabilizando o surgimento de escalas para facilitar
e acurar o processo de previsão da sobrevida. Objetivos: Analisar a acurácia predita pelo
método Palliative Prognostic Index (PPI) e comparar com a Estimativa Clínica de Sobrevida
(ECS) em pacientes oncológicos em Cuidados Paliativos. Método: A estimativa de sobrevida
foi realizada por um médico Paliativista e/ou Oncologista por meio da ECS; a PPI, foi
aplicada pelos pesquisadores que também preencheram um formulário sociodemográfico, sem
que houvesse comunicação entre eles. O tempo de sobrevida foi obtido acompanhando os
pacientes internados a cada 21 dias, com predições seriadas de ECS e PPI no 42º e 63º dia de
internação hospitalar ou até sua morte. Pacientes com alta hospitalar eram acompanhados por
telefonemas repetidos à família a cada 21 dias também de forma seriada; a sobrevida foi
mensurada como a diferença entre o dia da primeira de aplicação da escala PPI e da ECS e o
dia da morte do paciente. Resultados: A média de sobrevida dos pacientes foi de 37 dias, no
qual 34 (29,3%) pacientes apresentaram sobrevida menor que 3 semanas com diagnóstico de
delirium confirmado e 22 (19%) pacientes sobreviveram acima de 6 semanas sem sintomas de
delirium. A primeira avaliação da acurácia do ECS, apresentou apenas 20,7% de
especificidade, 43,7% de sensibilidade e acurácia de 58,6%. Na segunda avaliação, obteve
se 88,2% de sensibilidade, 33,3% de especificidade e cerca de 81,4% de acurácia. Na primeira
avaliação da acurácia da escala PPI identificou se 68% de acurácia, com 72,4% de
sensibilidade e 41,4% de especificidade. Já na segunda avaliação, a escala foi acurada em
72,1%, tendo a proporção de 64,7% de sensibilidade e 16,7% de especificidade. Pelo número
acentuado dos óbitos não foi possível realizar a terceira avaliação. Conclusão: Conclui-se
com esta pesquisa que os pacientes em cuidados paliativos exclusivos acometidos por doenças
oncológicas, tiveram baixa sobrevida global, 37 dias, e que a única variável sociodemográfica
e clínica que influenciou na sobrevida foi o delirium, observando que os indivíduos
acometidos com este sintoma em sua maioria sobrevivem menos de três semanas. Quando
comparado o PPI ao ECS nos acometidos por delirium, pôde se observar que a inclusão do
sintoma não influenciou na acurácia de ambos os preditores, porém, houve melhora na
sensibilidade e especificidade da escala PPI, e no ECS, houve redução na especificidade do
teste. Ao se comparar a estimativa clínica de sobrevida e a escala PPI durante as avaliações
semanais, constatou-se que ambos os preditores tiveram acurácia satisfatória na aplicação em
metodologia seriada, destacando se o aumento da acurácia da ECS e manutenção da escala
PPI nas aplicações subsequentes.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2242787 - SARA FITERMAN LIMA
Interno - 1062206 - SILVIO GOMES MONTEIRO