PPGCS/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PABLINE MEDEIROS VERZARO
DATA: 16/09/2024
HORA: 17:00
LOCAL: ILA - Prédio de Medicina (UFMA)
TÍTULO: IMPACTOS DA QUIMIOTERAPIA PALIATIVA EM MULHERES COM CÂNCER DE COLO DO ÚTERO AVANÇADO
PALAVRAS-CHAVES: Neoplasias; Sobrevida; Antineoplásicos; Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida; Qualidade de Vida. Metástase Neoplásica.
PÁGINAS: 153
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: Esta tese tem como objetivo avaliar a sobrevida e os fatores prognósticos associados à mortalidade em mulheres com câncer de colo de útero avançado submetidas a quimioterapia paliativa. Trata-se de uma coorte retrospectiva composta por 151 mulheres diagnosticadas com câncer de colo de útero avançado, tratadas em um Centro de Alta Complexidade Oncológica entre janeiro de 2020 e dezembro de 2022. As pacientes foram categorizadas em dois grupos: aquelas com doença avançada que receberam tratamento primário (cisplatina ou carboplatina semanal) e aquelas com doença recorrente/metastática que receberam tratamento paliativo de 1a e 2a linha (cisplatina ou carboplatina + paclitaxel e gencitabina a cada 21 dias, respectivamente). A análise de Kaplan-Meier e a regressão de Cox foram utilizadas para avaliar a sobrevida global e identificar os fatores associados à mortalidade. Foram considerados desfechos secundários a sobrevida média global, fatores prognósticos (ECOG, IMC, Índice de Comorbidade de Charlson, metástases, procedimentos invasivos adicionais, sintomas na última internação, alterações laboratoriais, tempo para início do tratamento e local do óbito). Os resultados indicaram que o tratamento primário esteve associado a uma sobrevida média maior (242 dias) em comparação ao tratamento paliativo (159 dias). Fatores como Índice de Comorbidade de Charlson < 6, status de desempenho ECOG comprometido, raça preta e alterações laboratoriais foram associados a um risco aumentado de mortalidade. Sintomas relacionados a cirurgias abdominais na última internação, disfunções orgânicas e a necessidade de procedimentos invasivos, como admissões em UTI, intubação orotraqueal, procedimentos cirúrgicos, também mostraram forte correlação com a mortalidade elevada. Conclui-se que, embora o tratamento primário esteja associado a uma sobrevida superior, ele também apresenta riscos consideráveis, destacando a importância de uma abordagem terapêutica individualizada que equilibre os benefícios da quimioterapia com os riscos associados e integre cuidados paliativos precoces para otimizar a sobrevida e a qualidade de vida das pacientes.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 407662 - ALCIONE MIRANDA DOS SANTOS
Presidente - 407719 - JOAO BATISTA SANTOS GARCIA
Interno - 7549183 - VANDA MARIA FERREIRA SIMOES