PPGCS/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDERSON GOMES NASCIMENTO SANTANA
DATA: 07/11/2024
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/gkw-nbie-btr
TÍTULO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E PADRÕES ESPACIAIS DO CÂNCER DE PÊNIS NO MARANHÃO: ANÁLISE DE INCIDÊNCIA, MORTALIDADE E IMPLICAÇÕES PARA POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE.
PALAVRAS-CHAVES: Neoplasias Penianas; Perfil Epidemiológico; Análise Espacial.
PÁGINAS: 113
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: O câncer de pênis (CaPe) é um tipo raro de tumor maligno que afeta a pele e os tecidos do pênis, esse tipo de câncer é mais prevalente em homens com idade avançada e em áreas com baixo acesso a serviços de saúde e condições socioeconômicas desfavoráveis. Afeta cerca de 100.000 homens em todo o mundo. No Brasil representa 2% do total de cânceres em homens, a maioria concentrados na região Nordeste, sendo que o Estado do Maranhão apresenta a maior incidência de câncer de pênis do mundo. Objetivo: Analisar a distribuição espacial e o perfil epidemiológico dos casos e óbitos por câncer de pênis no Estado do Maranhão. Métodos: O estudo utiliza uma abordagem transversal e quantitativa para traçar o perfil epidemiológico dos casos de câncer de pênis no Maranhão, complementado por uma análise ecológica nos municípios do Estado. A população inclui homens maiores de 18 anos diagnosticados com câncer de pênis entre 2013 e 2022, com dados coletados em hospitais de referência e no sistema de informação de mortalidade estadual. Foram analisados 518 casos dos quais 261 vieram a óbito. A análise descritiva foi realizada com gráficos e tabelas, enquanto a análise espacial incluiu técnicas como o Índice de Moran, mapas LISA, densidade de Kernel e ajuste bayesiano empírico para investigar a distribuição espacial e a intensidade dos casos. Resultados: O Maranhão apresenta uma alarmante incidência de CaPe, com taxa padronizada por idade de 18,83 casos por 100 mil homens. A taxa de mortalidade foi a maior em comparação com os Estados da região nordeste, com uma ocorrência de 8,03 mortes por 100 mil homens. A maioria dos pacientes com câncer de pênis tinha 60 anos ou mais (59,1%). A cor/raça parda foi predominante (36,3%), e 45,8% dos pacientes eram trabalhadores do campo. O nível de escolaridade foi consideravelmente baixo, com 25,6% sendo analfabetos. O tipo histológico mais comum foi o carcinoma de células escamosas 60,7% e 23,4% dos pacientes estavam no estágio T1 do tumor. A penectomia parcial foi a cirurgia mais realizada 49,6%. A análise espacial indicou que as áreas com maior incidência de casos de câncer de pênis estavam no norte e sudoeste do Maranhão. Conclusões: Os resultados revelam áreas de alta incidência de cancer de pênis que requerem atenção imediata em termos de políticas públicas de saúde e programas de prevenção. Essas regiões de alta incidência estão no norte e sudoeste, enquanto as áreas de baixa incidência estão concentradas principalmente no leste e sul do Estado. É possível constatar que algumas regiões de alta incidência não coincidiram com as regiões que apresentaram altas taxas de mortalidade, sugerindo diferenças no acesso ao diagnóstico e tratamento.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2046964 - GYL EANES BARROS SILVA
Externo à Instituição - MARIA DOS REMEDIOS FREITAS CARVALHO BRANCO - UFMA
Co-orientador externo à instituição - NATALINO SALGADO FILHO - UFMA
Externo ao Programa - 2299196 - REJANE CHRISTINE DE SOUSA QUEIROZ
Interno - 1062206 - SILVIO GOMES MONTEIRO