Banca de DEFESA: NATALIA NUNES
2025-05-22 08:52:50.096
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NATALIA NUNES
DATA: 30/05/2025
HORA: 14:30
LOCAL: Sala 01 do PPGCS - CCBS (SESSÃO PÚBLICA)
TÍTULO: AVALIAÇÃO DO ÁCIDO TRANEXÂMICO E DA HIDROQUINONA COMO ADJUVANTES NO TRATAMENTO DA CROMOBLASTOMICOSE
PALAVRAS-CHAVES: CCromoblastomicose; Fonsecaea pedrosoi; Melanina; Melanogênese; Tratamento; Hidroquinona; in vitro; in sílico.
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: A Cromoblastomicose (CBM) é uma doença fúngica que acomete a pele e o subcutâneo, ocorre por inoculação traumática do fungo, especialmente em homens adultos, e trabalhadores de áreas rurais. É endêmica no estado do Maranhão e tem distribuição mundial em área tropicais e subtropicais. Em 2017 foi incluída no rol das Doenças Tropicais Negligenciadas pela OMS, propondo um o esforço internacional para controle da doença e, especialmente, melhorando o acesso aos cuidados em saúde e ao tratamento para as populações expostas à doença. O tratamento da CBM é realizado principalmente com o Itraconazol (ITR), um antifúngico sistêmico, porém com baixas respostas terapêuticas. O principal agente causador é o Fonsecaea pedrosoi que é um fungo capaz de produzir
melanina na constituição da sua parede celular, que confere maior resistência e virulência a esses fungos. A melanina encontrada no fungo e nos seres humanos é sintetizada através de vias similares. Medicamentos utilizados como agentes branqueadores no Melasma em seres humanos, como a hidroquinona (HQN) e o ácido tranexâmico (ATX), foram testados in vitro com o objetivo de reduzir a produção de melanina pelo Fonsecaea pedrosoi em 2 isolados clínicos, FpJW e FpBR, e tornarem-se adjuvantes ao ITR. A avaliação de sensibilidade foi através da inspeção visual e considerada a CIm para inibição de 100% de crescimento fúngico para todos os fármacos. A CIM do ITR para FpJW foi de 2μg/mL e para FpBR de 0,5μgm/mL, indicando resistência e sensibilidade, respectivamente, conforme o ponto de corte epidemiológico para o fungo F. pedrosoi recém estabelecido. A HQN, apesar de não ser um antifúngico, apresentou citotoxicidade e inibindo 100% do crescimento fúngico na concentração de 780μg/mL, para ambas as amostras. Quando avaliada a concentração fungicida mínima, que corresponde a menor concentração do fármaco capaz de matar o fungo, a CIM foi igual a CFM para ITR e HQN, evidenciando atividade fungicida com razão igual a 1. O método utilizado para avaliação de sinergismo foi o Tabuleiro de Xadrez, através da combinação de diluições seriadas dos fármacos, a partir da CIM, o efeito foi aditivo, porém, a CIM da HQN combinada reduziu à metada da CIM isolada em ambos os isolados, enquanto que a CIM do ITR combinado reduziu de 1/2 até 1/32 para FpJW e 1/2 até 1/16 para FpBR. Além disso, realizou-se o teste in silico por dockagem molecular, para avaliação comparativa do ATX à HQN e ao Ácido Kójico (KOJ) com o objetivo de elucidar o efeito provável na melanogênese. Os achados sugerem que o ATX age diretamente na melanina, com semelhança de distância e qualidade das ligações com HQN e KOJ. Por fim, este é o primeiro estudo, que se tem conhecimento, a avaliar a ação de HQN e ATX como adjuvantes no tratamento da CBM.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANTONIO AUGUSTO MOURA DA SILVA - UFMA
Presidente - 407707 - CONCEICAO DE MARIA PEDROZO E SILVA DE AZEVEDO
Externo à Instituição - DANIEL WAGNER DE CASTRO LIMA SANTOS - UNIFESP
Externo ao Programa - 2985612 - MAYARA CRISTINA PINTO DA SILVA
Interno - 7549183 - VANDA MARIA FERREIRA SIMOES