PPGHIS/CCH

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALEX SILVA COSTA
DATA: 09/12/2022
HORA: 19:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO: "NOS QUI CUM EO FUIMUS”: representação e memória do milagre dos estigmas de Francisco de Assis nas hagiografias franciscanas “não oficiais” (séculos XIII e XIV)
PALAVRAS-CHAVES: Memória; Frei Leão; Francisco de Assis.
PÁGINAS: 121
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO: O estudo analisa a representação do milagre da estigmatização de Francisco de Assis nas hagiografias franciscanas “não oficiais” dos séculos XIII e XIV, dentre elas a Legenda dos Três Companheiros (3S) de autoria dos Freis Leão, Rufino e Ângelo; O Espelho da Perfeição (SP) atribuída a Frei Leão; a Legenda Perusina (LP), e os I Fioretti (Fior), em especial, o item intitulado Dos Sacrossantos Estigmas de S. Francisco e de suas Considerações (Csd). Identificamos como a estigmatização fora apresentada nessas narrativas hagiográficas, e estudamos o posicionamento dado ao tema. Identificamos diferenças na descrição e importância dada aos stigmata em relação ao material hagiográfico “oficial”. Nas Le considerazioni sulle stimmate (Csd) a trajetória dos estigmas de Francisco de Assis é apresentada de forma peculiar, com episódios divergentes dos contidos nas hagiografias franciscanas “oficiais”. A obra é extensa e relata um percurso que vai desde a angariação do Monte Alverne até a realização de milagres por intermédio dos stigmata, algo inédito em seu roteiro. Pretendemos debater os novos fatos para evidenciarmos a disputa mnemônica do milagre dos estigmas compilado sob a óptica dos companheiros próximos a Francisco de Assis, ou seja, o do grupo “nos qui cum eo fuimus” que apresenta uma interpretação diferente da visão oficial dos textos hagiográficos tutelados pela Igreja. Além disso, a obra revela a atuação de personagens antes negligenciadas como Frei Leão de Viterbo. Por outro lado, cremos que a “referência ao passado serve para manter a coesão dos grupos e das instituições que compõem uma sociedade, para definir seu lugar respectivo, sua complementariedade, mas também as oposições irredutíveis” (POLLAK, 1989, p.9). Por isso o trabalho de conservação de uma memória vive em constante disputa por causa da reivindicação de interesses de grupos divergentes.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 789.365.867-34 - ADRIANA MARIA DE SOUZA ZIERER
Externo à Instituição - ANGELITA MARQUES VISALLI - UEL
Presidente - 2079203 - MARCUS VINICIUS DE ABREU BACCEGA