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Banca de DEFESA: MARCOS VAN BASTEN RODRIGUES

2024-02-09 19:26:47.186

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCOS VAN BASTEN RODRIGUES
DATA: 29/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: PLATAFORMA GOOGLE MEET
TÍTULO: O destino trágico da Rainha Preta: pajelanças, realismo-mágico e missão civilizatória na cidade de São Luís-MA em fins do século XIX.
PALAVRAS-CHAVES: acusações de feitiçaria; missão civilizatória; cidades.
PÁGINAS: 309
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO: Em São Luís do Maranhão, nas últimas décadas do século XIX, mulheres pretas podiam ser rainhas; de corpos humanos, bichos vivos eram extraídos; em qualquer esquina, uma bruxa ou um feiticeiro; plantas curavam; às águas, deusas-mães; e até as pedras viviam. Nos jornais, narrativas como essas eram comuns e atraíam a atenção de um grande público, inclusive da parcela mais cética; despontando, também, na legislação, em documentos de polícia, autos judiciais, na literatura, na produção científica e na maledicência cotidiana. De semelhanças, entre elas, a alcunha pajelança, a população negra envolvida, suas relações com um ofício muito demandado, o antagonismo do projeto civilizatório em vigor, e um certo fascínio que já despertavam. Por quais razões alguém saía de sua casa, atravessava a cidade em direção às tipografias e redações dos periódicos, para pagar por uma publicação na qual inventava e reclamava sobre essas práticas mágicas, fictícias ou não? É o que esta pesquisa investiga. Paralelo ao que já foi escrito a respeito, acerca do campo religioso maranhense gestado pelas intersecções entre culturas indígenas, africanas e europeias, e de sua coerção em tempos de pretensas república e abolição, aqui esse fenômeno mágico, mas nem por isso menos real, é percebido a partir da dinâmica à que pertencia naquela sociedade em fim de século. Mais do que um amálgama de práticas terapêuticas e religiosas, que tinha contra si um Estado escravista em reformulação, pajelanças eram comunidades, ou redes de solidariedade, formadas por indivíduos aos quais a realidade era demasiadamente hostil, insustentável; cujo sistema de crença integrava, também, quem as detratava, ao retirá-las da obscuridade, da vida privada, conferindo-lhe relevância, reconhecendo socialmente seus poderes. Video call link: https://meet.google.com/mai-osuq-zkb
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1852177 - LUIZ ALBERTO ALVES COUCEIRO
Externo à Instituição - Maria Helena Pereira Toledo Machado - USP
Interno - 2365309 - SORAIA SALES DORNELLES

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