Banca de DEFESA: IZZADORA QUINTANILHA SOARES
2022-11-11 09:24:31.806
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IZZADORA QUINTANILHA SOARES
DATA: 23/11/2022
HORA: 08:30
LOCAL: Online. Através da plataforma Google Meet.
TÍTULO: ESTUDO DFT DOS FÁRMACOS DAPSONA E RIFAMPICINA E DE SUAS INTERAÇÕES COM O COFORMADOR ÁCIDO OXÁLICO NA FORMAÇÃO DE DISPERSÕES SÓLIDAS.
PALAVRAS-CHAVES: DFT; Dapsona; Rifampicina; Dispersões sólidas.
PÁGINAS: 179
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Materiais
RESUMO: No presente trabalho foram desenvolvidos cálculos DFT no estudo de propriedades
estruturais, termodinâmicas e eletrônicas dos fármacos dapsona (DPS) e rifampicina (RIF), do
coformador ácido oxálico (OXA), bem como no estudo de interações do conformador com
ambos os fármacos (mais especificamente, de interações entre íons formados a partir do
fármaco e do coformador, em cada caso). O estudo é importante já que os fármacos estudados
apresentam baixa solubilidade em água, sendo classificados como fármacos da Classe II, do
Sistema de Classificação Biofarmacêutica (SBC). Deste modo, dispersões sólidas desses
fármacos foram obtidas experimentalmente em estudos prévios, por nossos colaboradores,
com o objetivo de aumentar a biodisponibilidade dos fármacos no organismo, melhorando a
eficácia terapêutica dos mesmos no tratamento de doenças como a hanseníase (HAN) e a
tuberculose (TB). Com isso, torna-se necessário o desenvolvimento de um estudo teórico,
permitindo a determinação de propriedades dos constituintes dessas dispersões sólidas e de
suas interações, contribuindo para o melhor entendimento da formação e da estabilidade de
dispersões sólidas do fármaco DPS com o coformador OXA e do fármaco RIF com o mesmo
coformador. Deste modo, neste trabalho, o funcional DFT ωB97X-D foi utilizado em
associação com o conjunto de funções de base 6-311++G(d,p), com o modelo de solvatação
IEFPCM, empregando-se o metanol como solvente, para o desenvolvimento de cálculos
computacionais, estudo teórico de cada um dos fármacos e de suas interações com o
coformador. No estudo da RIF e de suas interações com o coformador, mais especificamente,
empregamos o conjunto de funções de base 6-31G(d), para uma redução do custo
computacional, já que o número de átomos é muito maior nesse caso. Inicialmente, os
cálculos de otimização de geometria foram realizados para os compostos individualmente,
partindo-se para o estudo das interações em seguida, sendo que todas cada geometria
otimizada obtida neste trabalho foi confirmada como mínimo na superfície de energia
potencial, por meio de cálculos de frequências vibracionais, sendo que todas as frequências
vibracionais calculadas são positivas. A partir desses cálculos iniciais, foram então
determinados diversos parâmetros em cada caso, como o momento de dipolo, mapa de
potencial eletrostático, cargas atômicas parciais (cargas de Mulliken), dados espectroscópicos,
bem como as distribuições espaciais e os valores de energia de orbitais moleculares. Todos
esses parâmetros que foram determinados, foram considerados então na construção das
geometrias inicias consideradas nos cálculos realizados para o estudo das interações fármaco-
coformador. Deste modo, em cada caso, o fármaco foi posicionado em uma orientação
específica em relação ao coformador, de maneira a favorecer o estabelecimento de interações
intermoleculares, considerando-se ainda diferentes possibilidades, investigando-se interações
intermoleculares a partir diferentes sítios do fármaco e do coformador. A partir dos resultados
dos cálculos, as interações foram então estudadas a partir dos dados termodinâmicos e
espectroscópicos obtidos teoricamente, determinando-se a interação mais favorável em cada
caso. Os valores de ΔG 298 e ∆E ZPVE obtidos para interação DPSH 2+ -OXA 2- são de -38,94
kcal/mol e -45,83 kcal/mol, enquanto os valores desses parâmetros para a interação RIF + -
OXA - são de -14,81 kcal/mol e -19,62 kcal/mol, respectivamente. Portanto, nossos resultados
confirmam que os compostos de partida utilizados na preparação das dispersões sólidas são
estáveis, indicando também que as dispersões sólidas são estabilizadas principalmente através
de ligações de hidrogênio entre o fármaco e o coformador, em cada uma das dispersões
sólidas, o que contribui para a estabilidade dos materiais formados.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - LILIAN WEITZEL COELHO PAES - UFF
Presidente - 2326984 - MATEUS RIBEIRO LAGE
Interno - 2277967 - PAULO ROBERTO DA SILVA RIBEIRO