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Banca de DEFESA: ALESSANDRA CRISTINE FILGUEIRAS RATES

2015-04-23 11:21:11.192

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALESSANDRA CRISTINE FILGUEIRAS RATES
DATA: 27/04/2015
HORA: 08:00
LOCAL: Sala de dinâmica de grupo, CCH
TÍTULO: “QUANDO EU OUÇO TRABALHO, DÁ CANSAÇO, MAS AO MESMO TEMPO, PRAZER”: a dinâmica prazer e sofrimento no trabalho dos professores substitutos da Universidade Federal do Maranhão
PALAVRAS-CHAVES: Professor substituto. Universidade Pública. Precarização. Prazer. Sofrimento.
PÁGINAS: 141
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia do Trabalho e Organizacional
RESUMO: Este estudo apresenta como objetivo geral: analisar a dinâmica prazer e sofrimento no trabalho dos professores substitutos de uma instituição de educação superior pública. Conta com os seguintes objetivos específicos: identificar como a relação prazer e sofrimento comparece parao professor substituto no desenvolvimento de seu trabalho; identificar quais as estratégias de mediação utilizadas pelos professores substitutos; verificar a percepção desses professores sobre a sua identidade profissional e identificar quais percepções os professores possuem sobre o impacto que o seu trabalho temporário tem no processo ensino-aprendizagem dos alunos. Como método, realiza-se a interlocução entre os fundamentos teórico-metodológicos do Materialismo Histórico-Dialético, da Sociologia do Trabalho e da Psicodinâmica do Trabalho. Utiliza-se a Teoria Social do Discurso de Norman Fairclough como referencial de análise dos dados. Os principais aspectos da literatura que fundamentam a pesquisa são as teorias marxistas e marxianas, os teóricos da Sociologia do trabalho e o conceito de saúde de Christophe Dejours, que consiste na ambivalência entre prazer e sofrimento no trabalho. Trata-se de uma pesquisa de campo qualitativa, cujos participantes são 9 professores substitutos, em exercício, e 2 chefes de departamento da Universidade Federal do Maranhão, que tem como instrumentos questionário socioeconômico e entrevista semiestruturada. Os resultados apontam para um contexto laboral de precarização, em que esses trabalhadores convivem com alta carga horária de trabalho e falta de autonomia. Os entrevistados apresentam vivências de prazer relacionadas ao reconhecimento dos alunos pelo seu trabalho e o sentimento de estarem contribuindo na formação dos mesmos. O sofrimento está atrelado aos aspectos de precarização de seu vínculo flexível. Apresentam propensão a utilizar estratégias de mediação individuais, dentre elas as de proteção, adaptação e exploração. Boa parte dos entrevistados percebe sua identidade docente abalada, por estarem submetidos a um vínculo provisório. A maior parte dos entrevistados reconhece o impacto que o seu trabalho temporário tem no processo ensino-aprendizagem como descontínuo e prejudicial à aprendizagem dos alunos. Conclui-se que o fazer do professor substituto é permeado por vivências de prazer e sofrimento, sendo que o prazer relaciona-se com o reconhecimento dos alunos e o sofrimento parece agravado pela precarização de seu vínculo flexível e instável.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2174981 - CARLA VAZ DOS SANTOS RIBEIRO
Presidente - 407555 - DENISE BESSA LEDA
Externo à Instituição - LÊDA GONÇALVES DE FREITAS - UnB
Externo ao Programa - 2303030 - MARIA JOSE PIRES BARROS CARDOZO

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