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Banca de DEFESA: ANA FLAVIA MONIZ COSTA

2015-04-23 13:17:29.422

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA FLAVIA MONIZ COSTA
DATA: 28/04/2015
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório Mário Meireles (A)/ CCH
TÍTULO: AS REPERCUSSÕES DO ADOECIMENTO NA SUBJETIVIDADE DE SERVIDORES EM READAPTAÇÃO FUNCIONAL DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ENSINO SUPERIOR
PALAVRAS-CHAVES: Mundo do trabalho - Prazer e sofrimento. Adoecimento no trabalho - Subjetividade - Readaptação
PÁGINAS: 108
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia do Trabalho e Organizacional
RESUMO: O presente estudo tem como tema central a análise das repercussões do adoecimento na subjetividade de servidores em readaptação funcional de universidade federal de ensino superior. Devido ao caráter multifacetado do objeto de estudo, para a análise do que está proposto, a fundamentação teórica adotada apóia-se na abordagem conceitual da Psicodinâmica do Trabalho, da Psicologia Sócio-Histórica, com base no referencial teórico-metodológico do materialismo histórico-dialético. A partir da análise de entrevistas com 6 (seis) servidores em readaptação funcional, percebeu-se que o adoecer implica em muito sofrimento para o trabalhador, que perde, além de saúde, o seu lugar simbólico de trabalhador. Sentimentos de inutilidade, dívida, vergonha, culpa, limitação, descartabilidade começam a fazer parte da vida desses sujeitos acometidos pela doença, o que os leva ao não reconhecimento de si mesmos. O adoecimento do trabalhador causa uma quebra na constituição da subjetividade como trabalhador, forjando novas formas de subjetivação, engendradas a partir das limitações impostas pelo adoecimento. A reinserção no trabalho por meio da readaptação faz com que o trabalhador saia do lugar simbólico do adoecido, para ocupar o de readaptado. Revela a necessidade do trabalhador em readaptação estabelecer um novo sentido no trabalho. O modelo de trabalhador ideal imposta pela ideologia da excelência, que preconiza que o sujeito apto para o trabalho tem que ser saudável, exclui todos aqueles que não se encaixam nesse perfil. Observa que o retorno ao trabalho acarreta em estigmatização e exclusão dos trabalhadores adoecidos, pelos próprios pares e pelas chefias imediatas. Revela a dificuldade de aceitação do trabalhador adoecido no trabalho. Aponta a readaptação funcional como importante elemento na reinserção do trabalhador na instituição, possibilitando ao sujeito adoecido diferentes formas de mobilização subjetiva frente à organização do novo trabalho. Alerta sobre a necessidade de se reconhecer o sofrimento no trabalho, pois os relatos dos Readaptados apontam para um sofrimento negado pela maior parte dos envolvidos. Observa a importância do engajamento entre os diversos atores envolvidos no processo de readaptação funcional, desde a sua prevenção, pela equipe de saúde do trabalhador da instituição, da perícia médica, no acolhimento e estabelecimento do nexo causal com o trabalho, até a sua recepção pelos pares e chefias imediatas, como facilitadores desse processo. Conclui que as ações de reinserção do trabalhador adoecido têm que estar voltadas para a realização de mudanças na organização do trabalho e não apenas para a alteração de lotação de trabalhadores adoecidos, ou para a sua adaptação em novas atividades, para atingir a sua finalidade que é a reinserção do sujeito adoecido em uma atividade em que ele possa reconstruir a sua subjetividade de trabalhador.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2174981 - CARLA VAZ DOS SANTOS RIBEIRO
Interno - 407555 - DENISE BESSA LEDA
Externo à Instituição - FERNANDO DE OLIVEIRA VIEIRA - UFF
Externo ao Programa - 407559 - ILZENI SILVA DIAS

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