PPGPSI/CCH

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EDSON DO NASCIMENTO BEZERRA
DATA: 16/11/2017
HORA: 10:00
LOCAL: Sala de Dinâmica de Grupos/CCH - UFMA
TÍTULO: Uma compreensão hermenêutico-filosófica da noção de abordagem centrada na pessoa
PALAVRAS-CHAVES: Abordagem Centrada na Pessoa; Hermenêutica Filosófica; atualização; epistemologia
PÁGINAS: 55
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO: O legado teórico e prático do psicólogo norte-americano Carl Ransom Rogers (1902-1987) associa-se, atualmente, à Abordagem Centrada na Pessoa (ACP). Mas a sua proposta em Psicologia nem sempre esteve identificada assim. Recebeu outras denominações (Aconselhamento Não-Diretivo, Terapia Centrada no Cliente, abordagem centrada no cliente), vindo apenas, em 1975, assumir essa designação para inicialmente identificar um workshop – proposta de trabalho intensivo de grupo desenvolvido por Rogers, também chamado grupo de encontro –, realizado em Ashland (EUA). Ele formaliza a identidade da sua proposta como uma abordagem centrada na pessoa em Sobre o Poder Pessoal (Carl Rogers On Personal Power, 1977). No entanto, a referida nomenclatura, ainda que tenha se adequado melhor ao que o autor entendeu como um progresso na extensão a uma ampla variedade de campos, longe do seu ponto de origem (a psicoterapia), desperta nele vivo interesse em considerar o impacto e a influência que sua proposta pode provocar no relacionamento entre pessoas em contextos distintos como o trabalho com grupos (grupo de encontro), a educação (o ensino centrado no aluno) e as relações familiares, por exemplo. Este projeto de pesquisa procura refletir sobre a nomenclatura adotada, cuja mudança parece ultrapassar o sentido único da ampliação das áreas de aplicação do trabalho de Rogers. Desta forma, conhecer a ACP implica buscar sua identidade específica, distinta da terapia centrada no cliente anterior a ela. Na tentativa de alcançar essa finalidade, esta pesquisa baseia-se na hermenêutica filosófica desenvolvida por Hans-Georg Gadamer (1900-2002) como referência teórica e metodológica de aproximação e apropriação do tema . Esta escolha justifica-se pela crítica hermenêutico-filosófica dirigida ao modelo metodológico científico moderno, que permite a sustentação de um saber que se constitui de modo singular, como a ACP, fora dos roteiros procedimentais utilizados pelo próprio Rogers no período da terapia centrada no cliente, ou por muitos autores pós-rogerianos, sustentados em metodologias de caráter fenomenológico, porém sem que isso represente uma ruptura radical; e pela consideração do conhecimento em seu contexto histórico-cultural, uma vez que este saber sempre é atravessado pela contingência das coisas, inclusive tornando-o absolutamente falível, aberto e coloquial, uma vez que a reflexão sobre a ACP não pode fugir de uma contextualidade absolutamente distinta da que envolveu a constituição da terapia centrada no cliente, ainda que a ACP derive, em grande medida, dessa terapia. No entanto, conforme abordei anteriormente, a ACP não é apenas uma ampliação das áreas de aplicação da terapia centrada no cliente, inclusive pela mudança histórico-cultural que envolveu Carl Rogers na reelaboração de suas ideias.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 407368 - ALMIR FERREIRA DA SILVA JUNIOR
Interno - 2305628 - CRISTIANNE ALMEIDA CARVALHO
Interno - 1331239 - MARIA DE NAZARE PEREIRA DA COSTA
Externo à Instituição - PAULO COELHO CASTELO BRANCO - UFBA