PPGPSI/CCH

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NIVEA RODRIGUES DOS SANTOS
DATA: 10/11/2017
HORA: 16:00
LOCAL: SALA DE VÍDEO DO CURSO DE FILOSOFIA - CCH - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
TÍTULO: VIVÊNCIAS COTIDIANAS DE FAMILIARES CUIDADORES DE USUÁRIOS DE UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTOJUVENIL - CAPSi
PALAVRAS-CHAVES: Saúde Mental, Infantojuvenil, CAPSi, Família.
PÁGINAS: 113
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO: A atual política de saúde mental infantojuvenil brasileira, impulsionada pelos princípios norteadores do Sistema Único de Saúde, do Estatuto da Criança e do Adolescente e pelos preceitos da Reforma Psiquiátrica, propõe uma nova forma de atenção psicossocial baseada em um modelo territorial e comunitário, em substituição aos modelos asilares e restritivos através dos Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenis (CAPSi). Os CAPSi prestam assistência diária a crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persistentes e consideram a família como parceira no processo de reabilitação psicossocial dos indivíduos. Estudos indicam que ter um adolescente familiar com sofrimento psíquico traz ao familiar cuidador uma série de encargos físicos, emocionais, econômicos e sociais. Diante disso, o presente estudo tem por objetivo investigar as vivências cotidianas de familiares cuidadores de adolescentes atendidos em um CAPSi de São Luís – MA. Para alcançar tal objetivo, foram realizadas cinco entrevistas com familiares cuidadores de adolescentes. Para a coleta de dados foram utilizados um questionário sociodemográfico com informações sobre dados pessoais, de saúde e clínicos e, um roteiro de entrevista semiestruturada. As narrativas analisadas foram sistematizadas seguindo a proposta da Análise de Conteúdo. Deste modo, a análise das falas apresentadas revelou três categorias temáticas: mudanças vivenciadas na vida do familiar cuidador, advindas a partir do tratamento do adolescente; vivências emocionais e entendimento sobre o papel do familiar cuidador diante do tratamento do adolescente. Dentre as vivências cotidianas identificadas, destaca-se as mudanças rotineiras e acúmulo de tarefas diárias, abandono das atividades profissionais devido à necessidade de dedicação ao adolescente em tratamento; sentimentos de tristeza, culpa e impotência, assim como estresse e irritabilidade. Além disso, identificou-se que os familiares cuidadores não possuem clareza quanto ao seu papel diante do tratamento e sobre o que ocorre com seus filhos. Os resultados apontam para a presença de sofrimento emocional dos familiares na sua vivência diária nos cuidados com os filhos, além de dificuldades no enfrentamento e manejo do tratamento e, preocupações com relação aos estigmas sociais que ainda existe diante da presença de transtorno mental no adolescente. O estudo sinaliza a necessidade de se pensar em estratégias que incluam propostas mais eficazes que viabilizem maior participação desses familiares como parceiro no cuidado, bem como o oferecimento de assistência psicológica destinada à melhora da qualidade de vida e saúde mental desses familiares cuidadores.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FERNANDO ANTONIO GUIMARAES RAMOS - UFMA
Presidente - 1652932 - JENA HANAY ARAUJO DE OLIVEIRA
Interno - 1894889 - MARCIO JOSE DE ARAUJO COSTA
Externo ao Programa - 1187724 - TADEU DE PAULA SOUZA