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Banca de DEFESA: TAISA TERESA GOMES FURTADO

2018-08-20 15:24:15.992

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TAISA TERESA GOMES FURTADO
DATA: 03/09/2018
HORA: 09:00
LOCAL: SALA DE DINÂMICA DE GRUPO. CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS-CCH-UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
TÍTULO: A POLÍTICA DE COTAS RACIAIS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO: subjetividade e identidade de estudantes negros cotistas como perspectivas de análise
PALAVRAS-CHAVES: Racismo; cotas raciais; subjetividade; identidade
PÁGINAS: 132
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO: A política de cotas raciais caracteriza-se como uma política de ação afirmativa fundamental na correção das desigualdades e na reparação de uma história de marginalização sofrida pela população negra através da garantia do acesso ao ensino superior. Contudo, para que essa política alcance seus reais objetivos, tão importante quanto à sua implementação é a assistência e o acompanhamento desses estudantes negros cotistas, no que se refere aos efeitos e implicações subjetivas que o racismo vivenciado no ambiente acadêmico pode ocasionar. Nesse sentido, a presente pesquisa buscou analisar os processos de construção da subjetividade e da identidade de estudantes negros cotistas da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), buscando identificar como se dão as relações raciais na UFMA, relacionar as especificidades das dificuldades enfrentadas por esses estudantes e seu impacto em sua autoestima e autoconceito, além de apontar as estratégias de enfretamento utilizadas por esses estudantes negros cotistas frente ao preconceito e à discriminação racial. Foram realizadas entrevistas com dois estudantes, de ambos os sexos, dos cursos de maior nota de corte de cada uma das unidades acadêmicas da Cidade Universitária: Direito, Engenharia Química, Medicina e Psicologia, totalizando o número de oito estudantes entrevistados. A análise dos dados coletados deu-se à luz do referencial teórico-metodológico da Psicologia Sócio-Histórica. Os resultados demonstram que as dificuldades em comum enfrentadas por esses estudantes dizem respeito, em sua maioria, à questão financeira e ao esforço para acompanhar o ritmo do curso e dos demais colegas de turma, dificuldades que apresentam as desigualdades sociais atreladas à questão racial. O estudante negro cotista tende a sofrer preconceito racial de maneira mais explícita no seu relacionamento com os professores no curso de Medicina, sofrendo preconceito também pelo fato de ser cotista. Contudo, analisa-se que o racismo está difundido mesmo que silenciosamente na universidade, quando não se quer falar sobre racismo, quando não se quer falar sobre a política de cotas. As estratégias de enfrentamento por eles propostas dizem respeito à importância do apoio institucional e dos grupos do movimento negro. Ainda, a pesquisa demonstrou que o ingresso na universidade a partir das cotas raciais proporcionou, ou mesmo intensificou, o reconhecimento de uma identidade negra por parte dos estudantes cotistas.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 407347 - CARLOS BENEDITO RODRIGUES DA SILVA
Interno - 2305628 - CRISTIANNE ALMEIDA CARVALHO
Externo à Instituição - MARILDA CASTELAR - EBMSP
Presidente - 1867349 - RAMON LUIS DE SANTANA ALCANTARA

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