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Banca de DEFESA: ALEX DA SILVA SOUSA

2018-11-01 14:39:07.978

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALEX DA SILVA SOUSA
DATA: 14/11/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 112, 1° Andar, Bloco 5 - Centro de Ciências Humanas - Universidade Federal do Maranhão
TÍTULO: DEPRESSÃO, DESESPERANÇA E PROCESSO DE ENFRENTAMENTO EM PACIENTES COM CÂNCER DE PÊNIS
PALAVRAS-CHAVES: Câncer de Pênis, Estratégias de enfrentamento, Depressão, Desesperança, Aspectos
PÁGINAS: 185
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO: O câncer de pênis é uma neoplasia rara em países desenvolvidos em contrapartida apresenta alta incidência em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. O tratamento para o câncer de pênis se dá principalmente por cirurgia que pode ser conservadora, mantendo uma extensão do pênis, a de amputação total ou parcial do órgão e ainda através da emasculação que é a retirada de todo o pênis e dos testículos. O objetivo principal desta pesquisa foi investigar a ocorrência da depressão, da desesperança e o processo de enfrentamento em pacientes com câncer de pênis. O delineamento metodológico deste trabalho caracteriza-se quanto ao seu objetivo como uma pesquisa descritiva e correlacional. A amostra foi composta por 21 participantes, todos já submetidos ao tratamento cirúrgico de penectomia. Para a realização da pesquisa utilizou-se os seguintes instrumentos: Questionário SociodO câncer de pênis é uma neoplasia rara em países desenvolvidos em contrapartida apresenta alta incidência em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. O tratamento para o câncer de pênis se dá principalmente por cirurgia que pode ser conservadora, mantendo uma extensão do pênis, a de amputação total ou parcial do órgão e ainda através da emasculação que é a retirada de todo o pênis e dos testículos. O objetivo principal desta pesquisa foi investigar a ocorrência da depressão, da desesperança e o processo de enfrentamento em pacientes com câncer de pênis. O delineamento metodológico deste trabalho caracteriza-se quanto ao seu objetivo como uma pesquisa descritiva e correlacional. A amostra foi composta por 21 participantes, todos já submetidos ao tratamento cirúrgico de penectomia. Para a realização da pesquisa utilizou-se os seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico (contendo dados sobre a histórica clínica e de tratamento médico), o Inventário Beck de Depressão (BDI), a Escala Beck de Desesperança (BHS), o Inventário das Estratégias de Coping - I.E.C (Folkman e Lazarus,1985) e o roteiro de Entrevista Semiestruturada. Os dados quantitativos foram analisados com o uso do software STATA versão 14, no qual calculou-se as frequências percentuais, os escores médios (totais e parciais, quando se aplicava) e desvios padrão, de cada um dos instrumentos e, empregou-se o teste Coeficiente de Correlação de Spearman, ao nível de 5% de significância, entre as pontuações das estratégias do I.E.C.. Para o exame qualitativo, utilizou a análise do conteúdo de Bardin (2011). Os resultados apontaram que a média de idade dos participantes foi de 47 anos, 85% eram casados, 72% tinham até dois filhos e 39% possuíam o ensino fundamental incompleto. Além do que, 81% trabalhavam, 72% viviam com até um salário mínimo, 72% eram católicos e, 91% dos participantes residiam em São Luís. Sobre a história clínica e de tratamento médico, 46% foram tratados em 2017, sendo que 81% tentaram tratamentos alternativos anteriormente, 23% levaram mais de um ano para iniciar o tratamento médico e 81% foram penectomizados. Com relação à assistência psicológica, durante o tratamento, apenas 19% relataram terem recebido. A respeito da compreensão sobre o tratamento 14 participantes compreenderam-no como um conjunto de procedimentos médicos que devem ser realizados e foram considerados benéficos. Sobre os aspectos psicossociais observou-se em sua maioria a presença de aspectos psicológicos tais como: medos (referente ao hospital, ao procedimento cirúrgico e a possibilidade de morte) e fantasias (referente ao procedimento cirúrgico, a possibilidade de recidiva da doença e a possibilidade de haver qualidade de vida após a penectomia). Ainda nesse quesito também foram percebidos tristeza, baixa autoestima; crise psicológica, ideação suicida e ganhos secundários com a doença. Por fim, a análise de conteúdo também permitiu que fossem percebidas duas outras categorias que se referem às vivências de culpabilização pelo adoecimento e tratamento e, dificuldades e as disfunções sexuais. Sobre as estratégias de enfrentamento observadas destacou-se a fé e a religiosidade, a adesão ao tratamento, o trabalho e o humor. Com relação aos resultados do BDI, 47,62% da amostra apresentaram sintomas de depressão mínimos, (M=12,4 e o Dp=3,6). A respeito dos resultados do BHS 42,86% dos participantes vivenciaram sintomas de desesperança classificados como mínimos (M=9,7 e Dp=2,1). A estratégia de enfrentamento mais utilizada foi a reavaliação positiva (M= 2,18 e Dp = 0,30), seguida do suporte social (M= 2,09 e Dp= 0,46). Referente as correlações entre as estratégias algumas correlações moderadas se mostraram significativas, sendo elas entre a estratégia de autocontrole e as estratégias de reavaliação positiva e resolução de problemas, com coeficientes de correlação de Spearman de 0,45. Referente as correlações entre os instrumentos I.E.C, BDI e BHS, ao nível de 5% de significância, não foram observadas evidências da existência desta correlação. O estudo concluiu que a vivência do câncer de pênis é uma circunstância estressante, desafiadora e que demanda diferentes formas de enfrentamento não se encerra após o tratamento. Isto aponta para a importância da assistência psicológica nos diversos momentos do processo de enfrentamento do câncer de pênis, facilitando a reinserção social e potencializando a utilização de estratégias de enfrentamento mais ajustadas, como forma de garantir qualidade de vida e saúde mental. Por fim, o estudo compreende que a melhora do quadro de saúde geral, está diretamente relacionada a um modo de funcionamento psicológico mais maduro e adaptativo e que a diminuição dos quadros psicopatológicos, parece ocorrer concomitantemente a evolução favorável do tratamento.emográfico (contendo dados sobre a histórica clínica e de tratamento médico), o Inventário Beck de Depressão (BDI), a Escala Beck de Desesperança (BHS), o Inventário das Estratégias de Coping - I.E.C (Folkman e Lazarus,1985) e o roteiro de Entrevista Semiestruturada. Os dados quantitativos foram analisados com o uso do software STATA versão 14, no qual calculou-se as frequências percentuais, os escores médios (totais e parciais, quando se aplicava) e desvios padrão, de cada um dos instrumentos e, empregou-se o teste Coeficiente de Correlação de Spearman, ao nível de 5% de significância, entre as pontuações das estratégias do I.E.C.. Para o exame qualitativo, utilizou a análise do conteúdo de Bardin (2011). Os resultados apontaram que a média de idade dos participantes foi de 47 anos, 85% eram casados, 72% tinham até dois filhos e 39% possuíam o ensino fundamental incompleto. Além do que, 81% trabalhavam, 72% viviam com até um salário mínimo, 72% eram católicos e, 91% dos participantes residiam em São Luís. Sobre a história clínica e de tratamento médico, 46% foram tratados em 2017, sendo que 81% tentaram tratamentos alternativos anteriormente, 23% levaram mais de um ano para iniciar o tratamento médico e 81% foram penectomizados. Com relação à assistência psicológica, durante o tratamento, apenas 19% relataram terem recebido. A respeito da compreensão sobre o tratamento 14 participantes compreenderam-no como um conjunto de procedimentos médicos que devem ser realizados e foram considerados benéficos. Sobre os aspectos psicossociais observou-se em sua maioria a presença de aspectos psicológicos tais como: medos (referente ao hospital, ao procedimento cirúrgico e a possibilidade de morte) e fantasias (referente ao procedimento cirúrgico, a possibilidade de recidiva da doença e a possibilidade de haver qualidade de vida após a penectomia). Ainda nesse quesito também foram percebidos tristeza, baixa autoestima; crise psicológica, ideação suicida e ganhos secundários com a doença. Por fim, a análise de conteúdo também permitiu que fossem percebidas duas outras categorias que se referem às vivências de culpabilização pelo adoecimento e tratamento e, dificuldades e as disfunções sexuais. Sobre as estratégias de enfrentamento observadas destacou-se a fé e a religiosidade, a adesão ao tratamento, o trabalho e o humor. Com relação aos resultados do BDI, 47,62% da amostra apresentaram sintomas de depressão mínimos, (M=12,4 e o Dp=3,6). A respeito dos resultados do BHS 42,86% dos participantes vivenciaram sintomas de desesperança classificados como mínimos (M=9,7 e Dp=2,1). A estratégia de enfrentamento mais utilizada foi a reavaliação positiva (M= 2,18 e Dp = 0,30), seguida do suporte social (M= 2,09 e Dp= 0,46). Referente as correlações entre as estratégias algumas correlações moderadas se mostraram significativas, sendo elas entre a estratégia de autocontrole e as estratégias de reavaliação positiva e resolução de problemas, com coeficientes de correlação de Spearman de 0,45. Referente as correlações entre os instrumentos I.E.C, BDI e BHS, ao nível de 5% de significância, não foram observadas evidências da existência desta correlação. O estudo concluiu que a vivência do câncer de pênis é uma circunstância estressante, desafiadora e que demanda diferentes formas de enfrentamento não se encerra após o tratamento. Isto aponta para a importância da assistência psicológica nos diversos momentos do processo de enfrentamento do câncer de pênis, facilitando a reinserção social e potencializando a utilização de estratégias de enfrentamento mais ajustadas, como forma de garantir qualidade de vida e saúde mental. Por fim, o estudo compreende que a melhora do quadro de saúde geral, está diretamente relacionada a um modo de funcionamento psicológico mais maduro e adaptativo e que a diminuição dos quadros psicopatológicos, parece ocorrer concomitantemente a evolução favorável do tratamento.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1652932 - JENA HANAY ARAUJO DE OLIVEIRA
Externo ao Programa - 2223025 - JOSE DE RIBAMAR RODRIGUES CALIXTO
Externo ao Programa - 2152144 - LUCAS GUIMARAES CARDOSO DE SA
Externo ao Programa - 1219561 - MARIA DA CONCEICAO FURTADO FERREIRA

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