PPGPSI/CCH

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANNE GABRIELA MENEZES MAIA DE ANDRADE
DATA: 20/11/2020
HORA: 09:00
LOCAL: PLATAFORMA ON-LINE
TÍTULO: TREINO DE HABILIDADES EM TERAPIA COMPORTAMENTAL DIALÉTICA COM HOMENS AUTORES DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: Um estudo piloto
PALAVRAS-CHAVES: Treinamento de habilidades. Terapia comportamental dialética. Violência contra a parceira íntima. Prática Baseada em Evidências.
PÁGINAS: 151
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO: No Brasil, dos casos registrados de violência contra a mulher até o ano de 2015, 48,2% foram perpetrados pelo atual parceiro, e 30% pelo ex-parceiro. Apesar de ser previsto na Lei Maria da Penha, que homens que perpetrem violência contra a mulher passem por algum tipo de intervenção, existem inúmeras dificuldades para implementá-las, assim como são descritos importantes problemas sobre a forma como estas são disponibilizadas. De maneira alternativa, a Terapia Comportamental Dialética (DBT) tem demonstrado evidências de efetividade com diversas populações, dentre estas com homens autores de violência (HAV). Partindo das orientações para a intervenção com os HAVs, que são previstas na Lei Maria da Penha e nas evidências atuais da DBT, observa-se que o treino de habilidades (TH) da DBT, como modo único de intervenção, pode ser eficaz para os HAVs. Dessa forma, essa pesquisa teve como objetivos: identificar os estilos parentais dos cuidadores dos participantes; avaliar os efeitos do TH em DBT sobre respostas de desregulação emocional; avaliar os efeitos do TH em DBT sobre as estratégias de soluções de conflitos conjugais. Utilizou-se o delineamento quase-experimental do tipo pré-pós, e aplicados os seguintes instrumentos: Protocolo de Caracterização Individual (PCI), Escala de Dificuldades em Regulação Emocional (DERS), Parental Bonding Instrument (PBI) e Escalas Táticas de Resolução de Conflitos Revisadas (CTS2). Submeteram-se a este TH três homens que declararam já terem perpetrado algum tipo de violência na relação afetiva. O TH ocorreu nas modalidades presencial e on-line, e contou com dez sessões: uma de pré-tratamento, três de mindfulness, uma de tolerância ao mal-estar, três de regulação emocional e uma de efetividade interpessoal. Os resultados evidenciaram que os estilos parentais dos cuidadores dos participantes foram controle sem afeto e negligente, e os escores na DERS, antes da intervenção, foram consistentes com depressão, ansiedade e estresse graves, observando-se uma melhora que pode ser atribuída à intervenção. Apesar dos escores nas CTS2 indicarem que os participantes apresentaram ganhos na aquisição de habilidades para lidar com conflitos conjugais e redução de respostas agressivas, não há dados conclusivos de melhora que possa ser atribuída à intervenção. Conclui-se que este TH foi efetivo para diminuir a desregulação emocional nos HAVs, e que apesar deste estudo preencher importantes lacunas no cenário brasileiro de intervenções direcionadas a esta população, são necessárias novas pesquisas para aprimorá-lo, com fins de que se enquadre nos pressupostos da PBE.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2291603 - CATARINA MALCHER TEIXEIRA
Externo à Instituição - JAN LUIZ LEONARDI - PARADIGMA
Presidente - 1331239 - MARIA DE NAZARE PEREIRA DA COSTA
Interno - 1867349 - RAMON LUIS DE SANTANA ALCANTARA