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Banca de QUALIFICAÇÃO: JULIA NAOMI COSTA RODRIGUES

2022-04-27 08:42:46.496

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIA NAOMI COSTA RODRIGUES
DATA: 28/04/2022
HORA: 08:30
LOCAL: Plataforma Google Meet por meio do link: https://meet.google.com/syu-ushm-sbb
TÍTULO: “Passabilidade”: estratégia de defesa para pessoas trans?
PALAVRAS-CHAVES: Transexualidade; Passabilidade; Raça; Gênero; Subjetividade.
PÁGINAS: 78
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO: Norteia-se, sem conhecimento prévio, conceitos que distorcem e discriminam a transexualidade, forjando um imaginário coletivo que dita, ou tenta ditar, como seria uma pessoa trans, tal imaginário, querendo ou não, traça uma fronteira comparativa entre a cisgeneridade e a transgeneridade, onde a cisgeneridade seria uma espécie de legalidade identitária de modo que as demais identidades sexuais seriam ilegítimas. Tal fronteira comparativa fez com que pessoas trans (transexuais e travestis) buscassem adequação ao “modelo” cisgênero, o que fez surgir o termo designado como passabilidade, que pode ser traduzido no quanto uma pessoa transgênero se parece, ou passa por cisgênero, conceito baseado na imagem, onde a aparência dita quem pode, ou não, acessar lugares e direitos, vindo a ser o habeas corpus para viver em sociedade sem sofrer violências, violações, discriminações, preconceitos e sanções. Entretanto aquilo que poderia ser vislumbrado como uma saída para tantos percalços é, na verdade, uma armadilha que coloca pessoas trans na condição de ter que se parecer com outro para poderem ser quem são e exacerba as várias dificuldades enfrentadas por aquelas pessoas trans que não são consideradas passáveis enfatizando-se a intersecção entre transexualidade, raça e gênero, recortes que atravessam e deixam marcas nos corpos trans, observados enquanto proibidos, públicos e desejáveis quando convém. Neste sentido a presente pesquisa busca analisar os discursos de pessoas transexuais e travestis acerca da “passabilidade” enquanto estratégia de defesa da transfobia objetivando problematizar as condições históricas da emergência da “passabilidade” na comunidade trans; compreender os sentidos dados à “passabilidade” por pessoas trans; e apontar as intersecções entre gênero, raça e orientação sexual no uso da “passabilidade”. Para tanto será realizada uma pesquisa semiestruturada de caráter qualitativo que abordará três mulheres transexuais ou travestis e três homens trans, num total de seis pessoas trans, por meio de um roteiro semiestruturado, com entrevistas gravadas e transcritas fidedignamente, baseando-se no método arqueogenealogico, inspirado em Foucault, buscando historicizar a passabilidade na comunidade trans. Para iniciar a reflexão utiliza-se a transexualidade enquanto fio condutor para chegar a passabilidade e as questões de raça e gênero, onde após a introdução será abordado no primeiro capítulo um breve histórico de gambiarras, vivências e experiências trans, onde encontra-se um breve histórico do movimento LGBTQIA+ no Brasil numa perspectiva trans, as (poucas) políticas públicas direcionadas a pessoas trans e as vivências e experiências da autora no Espaço Trans – Recife. No segundo capítulo intitulado da descoberta do sexo e da sexualidade às diversidades do gênero serão abordadas as interseccionalidades pertinentes a transexualidade, onde a discussão se dá acerca da descoberta do sexo e da sexualidade, da transexualidade, da “passabilidade”, e as questões de raça e gênero que permeiam as pessoas trans.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CARLOS WELLINGTON SOARES MARTINS - UEMA
Interno - 2305628 - CRISTIANNE ALMEIDA CARVALHO
Externo à Instituição - JAQUELINE GOMES DE JESUS - IFRJ
Interno - 1894889 - MARCIO JOSE DE ARAUJO COSTA
Presidente - 1867349 - RAMON LUIS DE SANTANA ALCANTARA

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