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Banca de DEFESA: MARINA BATISTA DE SOUZA

2023-03-13 10:17:53.754

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARINA BATISTA DE SOUZA
DATA: 17/03/2023
HORA: 09:00
LOCAL: PLATAFORMA ON-LINE: http://meet.google.com/efp-rftx-tfw
TÍTULO: Ayahuasca professora: cartografia dos processos de subjetivação dos ayahuasqueiros
PALAVRAS-CHAVES: Ayahuasca, Psicanálise, Sujeito, Perspectivismo ameríndio.
PÁGINAS: 133
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO: Ayahuasca é uma bebida psicoativa originalmente utilizada pelos indígenas na região amazônica. Tornou-se conhecida pelo uso não-indígena realizado por três grupos religiosos: Santo Daime, União do Vegetal e Barquinha e também por grupos espiritualistas neoayahuasqueiros ou neoxamânicos. O hibridismo ayahuasqueiro revela uma série de fluxos históricos em torno da bebida, que enceta desde processos de transformação pessoal até novas maneiras de compreender a natureza e tudo o que nela habita. O presente trabalho teve como objetivo analisar os processos de subjetivação a partir do uso da bebida nos diferentes contextos religiosos e espiritualistas. Para tanto, primeiramente empreendeu-se uma pesquisa teórica a respeito do tema, investigando os fenômenos a partir das contribuições psicanalíticas, tomando como ponto de partida a constituição psíquica e seu caráter imanente, além de elencar aspectos do fenômeno religioso. Levando em consideração os aspectos somáticos e psíquicos inerentes ao uso da ayahuasca, buscou-se em Henri Bergson uma concepção do tempo que desse conta da experiência ayahuasqueira. Além da pesquisa bibliográfica, para cartografar as características da ayahuasca foram realizadas 06 entrevistas com usuários da bebida, tendo como proposta mapear sua metodologia e seu caráter subjetivo. Durante toda a pesquisa o método cartográfico foi norte nos territórios escritos e afetivos. Compreendendo-a como uma planta mestra ou professora, como indígenas da América do Sul, como demonstrado por Eduardo Viveiro de Castro. pontua-se que, o caráter originário e indígena da ayahuasca se hibridiza ao contexto cristão e urbano das religiões ayahuasqueiras, criando um fluxo entre sujeito e instituição. Nesse fluxo, o fundo antropofágico da ayahuasca permite a partir da experiência visionária, contato com o saber do inconsciente, tal como presente na experiência onírica, estudada pela psicanálise. Como professora, engendra saberes ignorados pelo modelo de ciência moderno, em uma virada ontológica, que dá voz ao caráter talvez universal de uma experiência de despertar, dando acesso singular ao inconsciente e seu saber, que desperta o sujeito de seu sono consciente, egóico e imaginário, e dos nomes e lugares dados pelo Outro sócio-simbólico, convocando o sujeito a responsabilizar-se com o que lhe acontece, através do fluxo estabelecido entre a bebida e quem faz uso dela – responsabilizar-se pelo Real.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2305628 - CRISTIANNE ALMEIDA CARVALHO
Interno - 881.952.603-49 - DAYSE MARINHO MARTINS
Externo à Instituição - JOÃO PERCI SCHIAVON - PUC - SP
Presidente - 1894889 - MARCIO JOSE DE ARAUJO COSTA

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