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Banca de DEFESA: MÔNICA DOS SANTOS DE OLIVEIRA

2024-03-25 14:34:48.55

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MÔNICA DOS SANTOS DE OLIVEIRA
DATA: 27/03/2024
HORA: 09:00
LOCAL: AUDITORIO DO STI/UFMA
TÍTULO: INDICADORES PARA ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO ESCOLAR NO PROCESSO DE INCLUSÃO DE ESTUDANTES AUTISTAS APÓS A PANDEMIA PELA COVID-19
PALAVRAS-CHAVES: Psicologia Escolar. Autismo. COVID-19. Inclusão escolar.
PÁGINAS: 233
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO: O número de matrículas de estudantes com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas salas regulares tem sido crescente a partir da ampliação de políticas educacionais inclusivas, sobretudo nas últimas duas décadas. Em meio a essas políticas, houve o atravessamento da crise sanitária mundial provocada pela COVID-19, o que ocasionou desdobramentos à escolarização desses estudantes que já vinha sendo gerenciada com muitos problemas sobre acesso e permanência no ensino regular com qualidade. Observa-se que a atuação do psicólogo escolar para atender a essa demanda precisou ser ampliada e ressignificada durante e após a pandemia ante os desafios contemporâneos da inclusão escolar. Essa pesquisa investigou os indicadores para a atuação em Psicologia Escolar direcionada ao acompanhamento de estudantes autistas após o contexto pandêmico em uma escola pública de Caxias/MA. Foram delineados 4 objetivos específicos: (1) mapear o número de matrículas de estudantes autistas nas escolas públicas municipais; (2) conhecer as estratégias utilizadas pelas escolas para ensinar estudantes com e sem deficiência, em relação às medidas sanitárias de proteção, durante o contexto pandêmico, incluindo o retorno às aulas presenciais; (3) verificar as demandas que emergiram ou se intensificaram durante e após a COVID- 19 para atuação do psicólogo escolar no trabalho de inclusão do estudante autista; e (4) levantar, a partir das rotinas e atividades de uma escola, indicadores para atuação do psicólogo escolar direcionada à inclusão de pessoas autistas. De natureza qualitativa, a pesquisa fundamentou-se na proposta de intervenção institucional da Psicologia Escolar crítica (Marinho-Araujo, 2014, 2016, 2018) e na perspectiva histórico-cultural do desenvolvimento humano (Vygotsky, 2012), que ocorreu por duas etapas: (1) Mapeamento das escolas com estudantes autistas matriculados em Caxias-MA; e (2) Intervenção Institucional. A construção e análise das informações permitiram a elaboração de cinco eixos orientadores para discussão, os quais deram origem a sete zonas de sentido: (a) Práticas de inclusão de estudantes autistas para prevenção à COVID-19: a agudização do capacitismo no ambiente escolar; (b)Práticas implementadas para todos e carência de medidas específicas para o aluno autista; (c) A pandemia como uma lupa para as desafiadoras realidades do estudante autista; (d) O afastamento das escolas e a desesperança das famílias atípicas com o processo educativo; (e) Desistência do processo de ensino e aprendizagem do aluno autista; (f) A readaptação ao contexto escolar e o surgimento de novos desafios; e (g) Compreensões reduzidas sobre a atuação do Psicólogo Escolar. Os resultados indicaram carência de ações específicas para o ensino de medidas de autoproteção voltadas para os estudantes autistas no e pelo coletivo, além necessidades formativas no campo teórico e metodológico para os atores escolares para essa intenção. Destaca-se, também, a agudização do capacitismo voltada aos estudantes atípicos durante e após período pandêmico, o que ampliou a desistência de intervenções pedagógicas relacionadas a aspectos escolares e, também, para o ensino de medidas de prevenção e segurança contra a doença infectocontagiosa, o que minimiza o potencial da mediação docente quando dirigida a esse público. Constatou-se a recorrência de falas dirigidas a uma atribuição equivocada do papel da família para a educação escolar dos alunos com e sem deficiência durante o período de suspensão das aulas presenciais, mas com minimização de cobrança mais voltada às famílias atípicas. As informações encontradas levaram à conclusão de que a desistência do processo de ensino e aprendizagem, os impactos emocionais e comportamentais na quebra de rotina na pandemia e as dificuldades de reinserção ao contexto escolar estiveram mais acentuadas entre os estudantes autistas. A partir dos resultados e conclusão da pesquisa, foram elaboradas diretrizes para ampliação e ressignificação da atuação do psicólogo escolar voltadas a cenários de pandemia, com vistas a potencializar a luta anticapacitista no enfrentamento da inclusão de pessoas autistas. Espera-se que os resultados desse estudo colaborem para a construção de escolas democráticas, plurais e que naturalizem a potência das diferenças de formas de existência humana entre a popu lação neurodiversa.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 907.712.903-06 - DANIEL CARVALHO DE MATOS
Externo à Instituição - FRANCIDALMA SOARES SOUSA CARVALHO FILHA - UEMA
Externo à Instituição - JOANNA DE PAOLI - SEEDF
Presidente - 641.375.383-87 - POLLIANNA GALVÃO SOARES DE MATOS

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