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Banca de QUALIFICAÇÃO: BIANCA SILVA FERREIRA

2022-05-13 17:19:48.863

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BIANCA SILVA FERREIRA
DATA: 09/06/2022
HORA: 09:30
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: DA MATA AO CENTRO: Lideranças Femininas e Quebra de Coco Babaçu na Amazônia Maranhense
PALAVRAS-CHAVES: Quebradeiras de coco; Protagonismo; Trabalho; Vivências.
PÁGINAS: 65
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
SUBÁREA: Outras Sociologias Específicas
RESUMO: Esta pesquisa tem como objetivo apresentar e analisar as trajetórias das mulheres quebradeiras de coco dos povoados de Petrolina, São Felix e Coquelândia, localizados na Estrada do Arroz, zona rural da cidade de Imperatriz – MA. Destacamos o trabalho da quebra de coco babaçu e os conflitos agrários; apontamos o protagonismo das mulheres na luta para continuar desempenhando seu trabalho. Evidenciamos como a necessidade de continuar o trabalho da quebra de coco foi importante para a formação do movimento social, que colaborou para que as quebradeiras de coco fossem reconhecidas e se reconhecessem como sujeitas de luta. Todo o trabalho foi orientado tendo como referência a seguinte pergunta: como a necessidade de defesa do acesso às palmeiras, contra as diversas tentativas de proibição ao longo dos anos por diferentes agentes externos, estabeleceu o seu protagonismo social e político? Utilizamos como método a história oral, e como fonte pesquisa lançamos mão de bibliografias existentes sobre o tema, utilizamos também côo recurso metodológico o ponto de vista das mulheres por meio de conversas, participação em reuniões e entrevistas. Apresentamos as histórias de resistência, através da vivência contada, destacando esta como um ponto importante na construção da memória das quebradeiras que permitirá entender a construção de suas identidades enquanto quebradeiras e lideranças, ao expor suas experiências as mulheres transformam vivências em linguagem (ALBERTI, 2006, 2013). Como base teórica utilizamos autoras e autores que partem de uma perspectiva decolonial para pensar o trabalho e suas relações, assim temos Aníbal Quijano (2005), Enirque Dussel (2005), Marcelo Rosa (2014); Patricia Hill Collins (2019) e bell hooks (2020) nos auxiliam a pensar o lugar da mulher negra na sociedade assim como a importância da autodefinição como estratégia de emancipação. Conceitos relacionados ao feminismo camponês e popular são pensados a partir da colaboração de Calaça, Conte e Cinelli (2018). Discutimos ainda os saberes insubmissos dessas mulheres, construídos a partir de existências e da luta constante contra o fluxo continuo das relações de poder que surgem a partir do colonialismo, usando como base para análise as autoras Ângela Figueiredo (2020), Donna Haraway (2009), Maria Lugones (2014) e Lélia Gonzalez (1983, 1988 e 2020). Diante das fontes analisadas até o momento, nota-se que as mulheres quebradeiras se entendem enquanto sujeitas de transformação e que a lida com o babaçu é elemento importante no processo de construção de suas identidades, que é perpassada pelas lutas que as fizeram ser quem são. Assim a subjetividade do ser quebradeira para essas mulheres passou a ter sentido quando elas compreenderam que estavam tentando fazer elas, e seus saberes, deixarem de existir do modo como elas sempre existiram. Dessa maneira, as possibilidades das informações resultantes dessa pesquisa permitirão conhecer o processo de construção dos saberes que formam essas lideranças assim como suas estratégias de auto preservação de suas relações de trabalho e de sociabilidade.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 347.074.828-48 - KARINA ALMEIDA DE SOUSA
Externo à Instituição - KATIA BARBARA DA SILVA SANTOS - CEFET/PA
Presidente - 1522596 - VANDA MARIA LEITE PANTOJA

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