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Banca de DEFESA: MERCIA CRISTINA BORGES DOS ANJOS

2023-02-21 17:21:32.052

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MERCIA CRISTINA BORGES DOS ANJOS
DATA: 20/03/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de aula do PPGS
TÍTULO: “BRINCAR TODO MUNDO SABE! ”: relações interétnicas de crianças indígenas e não indígenas em uma escola municipal em Tocantinópolis (TO).
PALAVRAS-CHAVES: Apinayé - escola - interações interétnicas
PÁGINAS: 95
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO: O povo indígena Apinayé, que habita a região norte do estado do Tocantins, interage cotidianamente com os não indígenas nos mais diversos ambientes urbanos. Essas interações, em grande parte, são marcadas por representações e estereótipos decorrentes dos estigmas e do racismo, já observados sobre estes nativos em tempos e espaços diversos. Tais representações, geralmente formuladas nos momentos de socialização entre adultos e crianças, indígenas e não indígenas, compreendem um instigante campo de estudo sociológico, principalmente quando direcionamos nosso olhar ao público infantil. Nesse contexto, as brincadeiras assumem um lugar de destaque, por apresentarem-se como uma linguagem universal entre as crianças participantes desta pesquisa: “Brincar todo mundo sabe!”1. Isto posto, destaco que o presente escrito é fruto de problematizações inerentes às socializações e às relações interétnicas de crianças indígenas Apinayé matriculadas na Escola Municipal Alto da Colina2 em Tocantinópolis (TO). Meu principal objetivo consiste em analisar os processos de socialização e as interações sociais estabelecidas por crianças indígenas e não indígenas na instituição educacional do referido município e nos espaços correlacionados. A discussão ampara-se em: 1 – estudos anteriores que abordam sobre a história do Povo Apinayé, as representações sociais sobre este povo, e suas interações com os não indígenas em contexto urbano, considerando a existência de relações conflituosas (marcadas pelo estigma e pelo racismo) e de mútua colaboração decorrentes dessas interações; e 2 – dados obtidos por meio de observações etnográficas, no contexto escolar durante o ano de 2022. Entre os principais autores utilizados neste trabalho destaco: Gonçalves (1980); DaMatta (1976); Silva Apinagé (2020); Giraldin (2000); Conceição e Torres (2021); Freire (2000); Durkheim (2011); Sousa (2017); Fernandes (2016); Cohn (2005); e outros. Para a análise desenvolvida utilizei a etnografia enquanto método, com observação participante na instituição educacional municipal anteriormente citada e nos espaços correlacionados, consoante às leituras dos autores aqui mencionados. A partir desta análise, fundamentada nas observações e interações com as crianças, considerei haver diferentes representações em âmbito escolar. Enquanto brincam, conversam, estudam e interagem de variadas formas, crianças indígenas e não indígenas socializam de maneira respeitosa, sem demarcações fenotípicas e/ou culturais, o que aponta para um distanciamento dos estigmas e do racismo evidenciados nas relações entre os adultos de diferentes etnias e culturas. Isto reflete uma secção entre o universo adulto e o infantil no que se refere à construção e desenvolvimento de relações sociais, bem como às consequências destas para a formação sociocultural do povo brasileiro.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1224920 - WELLINGTON DA SILVA CONCEICAO
Interno - 3453610 - EMILENE LEITE DE SOUSA
Externo ao Programa - 1828136 - ANA CAROLINE AMORIM OLIVEIRA
Externo à Instituição - MAYRHON JOSÉ ABRANTES FARIAS - UFNT
Co-orientador - 1115710 - AMANDA GOMES PEREIRA

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