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Banca de DEFESA: GEREMIAS DE ASSIS LIMA

2023-05-26 13:35:47.645

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GEREMIAS DE ASSIS LIMA
DATA: 26/10/2022
HORA: 10:00
LOCAL: Via Google Meet
TÍTULO: A ETNOGRAFIA VAI À ESCOLA: O ensino remoto emergencial e a mobilização de capitais culturais pelos estudantes de uma escola estadual de Esperantinópolis/MA
PALAVRAS-CHAVES: Ensino Remoto. Discentes. Capital Cultural. Ensino Médio.
PÁGINAS: 136
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
SUBÁREA: Outras Sociologias Específicas
RESUMO: A pesquisa discute a experiência do ensino remoto de uma turma de 2° ano do ensino médio da cidade de Esperantinópolis-MA a partir do ponto de vista dos alunos e do conceito de capital cultural. Como sugere Pierre Bourdieu, capital cultural se refere à posse que os agentes detêm de bens simbólicos, de disposições a gostos usados para expressar poder em um determinado meio social. É o volume de capital cultural manejado pelos agentes que nos permite observar e mensurar relações de poder que culminam em práticas nos diferentes espaços sociais. Assim, indagamos: Nos termos de Pierre Bourdieu, os estudantes estariam fazendo uso de capital cultural ao interagirem nos ambientes digitais durante as aulas remotas? Esses estudantes demonstraram fazer uso de expertises tecnológicas para acompanhar o Ensino Remoto Emergencial (ERE)? A problemática surgiu ao observarmos discursos do senso comum que afirmavam que o ERE afastaria ainda mais da escola uma geração de jovens estudantes que há tempos não se interessava pela educação, pois desde o ensino presencial os alunos do ensino médio demonstravam não “quererem nada da vida” e o ensino remoto reforçaria isso. Os objetivos foram: investigar a experiência escolar dos estudantes do 2° ano do ensino médio do Centro de Ensino João Almeida durante o ensino remoto emergencial, com ênfase sobre os capitais culturais por eles acionados; analisar a realidade social, econômica e cultural dos alunos bem como suas relações com o ensino remoto e observar as práticas adotadas pelos discentes nos ambientes digitais onde as aulas foram ministradas. Para tanto, a pesquisa adotou uma abordagem qualitativa de natureza bibliográfica, documental e netnográfica. Ainda, as técnicas utilizadas para registro de dados foram a observação participante das aulas nos ambientes digitais e aplicação de questionário. Os fundamentos teóricos se apoiam principalmente nas obras de Bourdieu: A Distinção (1979); Escritos de Educação (1999); A Miséria do Mundo (1993) entre outras, além de autores comentadores das obras do autor. Também autores do campo das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) na educação e autores que tratam dos fenômenos centrais da vida moderna como as relações sociais em uma sociedade conectada em rede (LÉVY,1999; CASTELLS, 2002; PRENSKY, 2001, 2012; MISKOLCI, 2011; NASCIMENTO, 2016, ROMANCINI, 2010 entre outros). Os resultados apontam que apesar das más condições técnicas, estruturais e sanitárias em que os alunos estudaram remotamente, eles mobilizaram um conjunto de capital cultural incorporado tanto nas aulas remotas quanto nas atividades presenciais. Isso ficou claro nos argumentos usados pelos alunos para cobrarem melhorias nas metodologias dos professores, nas expertises para o uso das tecnologias, na capacidade analítica ao categorizarem entre os que se saiam bem ou não nas aulas remotas e, ainda, ao se analisar a realidade sociopolítica brasileira da época.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1889806 - MARIA APARECIDA CORREA CUSTODIO
Interno - 001.797.130-60 - MACIEL COVER
Interno - 1877420 - WHERISTON SILVA NERIS
Externo à Instituição - AGUEDA BERNADETE BITTENCOURT - UNICAMP

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