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Banca de DEFESA: MARCOS MARINHO DE SOUSA JUNIOR

2021-07-07 23:18:36.937

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCOS MARINHO DE SOUSA JUNIOR
DATA: 16/07/2021
HORA: 14:30
LOCAL: https://meet.google.com/mcd-zgsu-mbx
TÍTULO: ATIVIDADE LEISHMANICIDA E CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DA PRÓPOLIS VERMELHA PRODUZIDA NO ESTADO DO TOCANTINS, BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Própolis vermelha. Composição química. Leishmania amazonensis. Isoflavonoides
PÁGINAS: 109
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
SUBÁREA: Saúde e Biológicas
RESUMO: A própolis vermelha produzida por abelhas do gênero Apis é encontrada no litoral do Nordeste brasileiro e tem como fonte botânica a espécie Dalbergia ecastophyllum. Na literatura são descritas atividades antibacteriana, antifúngica, antitumoral, antioxidante, anti-inflamatória, citotóxica e antiparasitária. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade leishmanicida, caracterizar a composição química e os tipos polínicos da própolis vermelha produzida no estado do Tocantins, Brasil, região não mencionada na literatura como produtora desse tipo de própolis. No primeiro capítulo foi realizado o levantamento da literatura investigando publicações sobre avaliação da composição química e atividade leishmanicida da própolis brasileira nas bases de dados National Library of Medicine - National Institutes of Health (PubMed), ScienceDirect, Scopus e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) pelo método de revisão integrativa. A busca identificou 28 publicações entre os anos de 2004 a 2020 com própolis vermelha, verde e marrom. Identificando análieses químicas com óleos essenciais da própolis brasileira por cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas e com ionização de chama (CG-EM, CG-FID) indicando a presença de monoterpenos, sesquiterpenos e fenilpropanoides, enquanto para análise de extratos hidroetanólicos foram empregadas técnicas de cromatográfica liquida de alta eficiência com deterctor de ultravioleta e acoplada a espectrômetro de massas (CLAE/UV-Vis e CLAE-EM/EM) identificandos na composição química terpenos, ácidos fenólicos, flavonoides e benzofenonas. Publicação entre os anos de 2007 e 2020 apresentaram análise da atividade leishmanicida da própolis brasileira contra diferentes espécies de Leishmania, aplicando extratos hidroetanólicos, óleos essenciais, nanopartículas poliméricas e complexos metálicos associados à propolis para a inibição parasitária contra formas promastigora e amastigota do parasita. O segundo capítulo apresenta a identificação polínica da própolis pelo método de acetólise de Erdtman e a caracterização química por CLAE-EM/EM nos modos positivo e negativo. A analise botânica identificou 22 tipos polínicos, pertencentes a 15 famílias botânicas, com maior frequência para as famílias Arecaceae, Asteraceae, Fabaceae, Myrtaceae, Melastomataceae, Rubiaceae e Urticaceae, identificando espécies poliníferas e nectaríferas, contudo, não foi identificado o tipo polínico de Dalbergia ecastophyllum, espécie associada à produção da própolis vermelha no litoral nordeste do Brasil. Os espectros de massas obtidos por CLAE-EM/EM apresentaram um padrão de fragmentação dos íons precursores compatível com compostos da classe dos isoflavonoides, pterocarpanos, flavonona, chalcona, além da isoflavona condensada com uma chalcona (retusapurpurina). No terceiro capítulo os extratos e fração da própolis foram avaliados quanto à atividade leishmanicida para promastigotas de Leishmania amazonensis e citotoxicidade frente a macrófagos RAW 264.7, utilizando o método de viabilidade celular com o reagente MTT (3-(4,5-dimatil-2-tiazol)-2,5-difenil-brometo de tetrazólio), a concentração de fenóis totais e flavonoides foi obtida por espectrofotometria UV-Vis e a composição química por CLAE/UV-Vis e CLAE-EM/EM. Os extratos inibiram as formas promastigotas, com CI50 variando de 21,98 a 86,12 μg/mL, enquanto a fração clofoformica foi mais efetiva (16,02 μg/mL), na avaliação da citotoxicicidade contra celulas RAW 264.7 foi verificado que extrato de própolis vermelha e a fração clorofórmica apresentaram toxicidade célular em concentrações ≥ 100 μg/mL. As amostras demonstraram elevada concentração de fenóis totais e flavonoides para os extratos e fração clorofórmica, as analises por CLAE/UV-Vis foi observado semelhança no perfil químico entre os diferentes períodos de coleta, com identificação dos compostos formononetina e biochanina A em todas as amostras, sendo considerados marcadores químicos para as amostras. Os resultados permitem concluir que a própolis vermelha produzida no estado do Tocantins apresenta potencial leishmanicida, baixa toxicidade celular, elevada concetração de compostos fenólicos e composição química semelhante à produzida no Nordeste brasileiro, sendo o primeiro relato para esse tipo de própolis fora do litoral nordestino do Brasil. Os dados desse estudo contribuem para o desenvolvimento da apicultura do estado do Tocantins a partir da produção de própolis vermelha.
MEMBROS DA BANCA:
Co-orientador - 2116833 - ARAMYS SILVA DOS REIS
Interno - 2115717 - MARIA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA SERRA
Externo à Instituição - MARIA NILCE DE SOUSA RIBEIRO - UFMA
Presidente - 2061562 - RICHARD PEREIRA DUTRA

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