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Banca de DEFESA: GUILHERME MARTINS GOMES FONTOURA

2021-07-23 12:39:32.256

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GUILHERME MARTINS GOMES FONTOURA
DATA: 30/07/2021
HORA: 09:00
LOCAL: https://meet.google.com/xva-dnea-khq
TÍTULO: BIOATIVIDADE DE Punica granatum NO REPARO DE LESÕES INFECTADAS
PALAVRAS-CHAVES: Punica granatum. Romã. Cicatrização. Agente antibacteriano.
PÁGINAS: 94
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
SUBÁREA: Saúde e Biológicas
RESUMO: Introdução: Os objetivos do tratamento de feridas são prevenir infecções, reduzir o edema e a inflamação, acelerar a cicatrização e minimizar a formação de cicatrizes. No entanto, o processo de cicatrização pode ser agravado por fatores como má circulação no sítio da ferida e infecção microbiana. O aumento dos patógenos resistentes a antibióticos torna o tratamento de cicatrização de feridas infectadas menos efetivo e leva à busca de novos agentes terapêuticos eficazes contra essas bactérias. Portanto, a exploração de novos compostos naturais para cicatrização é importante. Dentre eles, a espécie vegetal Punica granatum popularmente conhecida como romã tem sido amplamente utilizada como medicamento para o tratamento de diversas doenças. Objetivos: Verificar o potencial antibacteriano e cicatrizante do extrato bruto de P. granatum sobre modelo de cicatrização de lesão infectada. Material e Métodos: Para avaliação da atividade antibacteriana do extrato de P. granatum (EHPg) foi utilizado o método in vitro de difusão em ágar. Foi verificada também, a atividade antioxidante do EHPg pelos testes de DPPH e ABTS. Para o modelo de cicatrização, os animais foram divididos aleatoriamente em três grupos (n=12), incluindo controle negativo (CTRL); Fibrinase® (DFC, controle positivo); e uma formulação a base do EHPg como grupo de investigação. O diâmetro da ferida e a porcentagem de cicatrização foram investigados com o auxílio do software ImageJ. A análise macroscópica das feridas foi realizada em dias alternados. Aleatoriamente, animais de cada grupo foram eutanásiados nos dias 3, 7 e 10 e, em seguida, a pele ferida foi retirada para estudos patológicos. Por fim, a contagem de unidades formadoras de colônias (UFC) presentes nas feridas foram analisadas para verificar a atividade antibacteriana do EHPg in vivo. Resultados: O EHPg apresentou inibição sobre o crescimento e proliferação de todas as cepas testadas. Observou-se que o EHPg inibiu o crescimento do Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA), em todas as concentrações de teste, com diferenças estatísticas para as maiores concentrações, variando de 18,67-21,33 mg/mL (p<0,05). O potencial de eliminação de radicais livres do EHPg foi testado pelo método DPPH, exibindo uma IC50 = 4,01 μg/ml. Enquanto no método ABTS, o EHPg apresentou-se com IC50 = 40,62 μg/ml. O tratamento tópico de feridas de camundongos com lesão infectada induziu retração completa da ferida no dia 10 em todos os grupos. O tratamento com EHPg não resultou em uma aceleração do processo de cicatrização. Em relação a atividade antibacteriana in vivo, no dia 3 foi observado o crescimento microbiano em todos os grupos. As placas de UFC do grupo CTRL apresentou crescimento elevado em relação aos grupos DFC e EHPg. No dia 7, o crescimento foi classificado variando de pouco a médio para o grupo CTRL, enquanto no grupo DFC e EHPg foi observado nenhum crescimento e pouco crescimento, respectivamente. No dia 10 observou-se novamente o crescimento de UFC em todos os grupos, com crescimento médio nos grupos CTRL e EHPg, e variando de nenhum crescimento a crescimento elevado no grupo tratado com DFC. Conclusão: Neste estudo, o EHPg apresentou inibição do crescimento bacteriano de diversas cepas in vitro, com grande atividade inibitória sobre MRSA. Apesar de não acelerar o processo de cicatrização, o EHPg foi capaz de reduzir a proliferação do MRSA em lesões infectadas. É necessário avaliar se o tratamento com EHPg contribui para melhorar a formação da nova estrutura do tecido lesionado. Para isso, serão necessários mais estudos com análises histopatológicas do tecido das feridas, a fim de observar os padrões de inflamação, proliferação e remodelação.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDREANY MARTINS MIRANDA - UEMA
Co-orientador - 2116833 - ARAMYS SILVA DOS REIS
Presidente - 2583080 - MARCIA CRISTINA GONCALVES MACIEL
Externo ao Programa - 306484 - ROSANE NASSAR MEIRELES GUERRA LIBERIO

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