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Banca de DEFESA: WANDERSON LOPES DOS SANTOS FREITAS

2021-09-20 12:55:10.882

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WANDERSON LOPES DOS SANTOS FREITAS
DATA: 21/09/2021
HORA: 15:00
LOCAL: https://meet.google.com/nqn-xtjo-zwx
TÍTULO: LEISHMANIOSE VISCERAL: TENDÊNCIA, FATORES ASSOCIADOS E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL NO SUDOESTE MARANHENSE
PALAVRAS-CHAVES: Epidemiologia. Fatores Associados. Doença Negligenciada. Análise Espacial.
PÁGINAS: 65
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
SUBÁREA: Saúde e Biológicas
RESUMO: A Leishmaniose Visceral (LV) constitui-se como grave problema de saúde pública mundial, com elevados coeficientes de morbidade e mortalidade, especialmente em regiões de maior vulnerabilidade social e econômica, a qual se mostra necessários estudos locais adicionais, com o propósito de instruir o desenho de estratégia de controle e prevenção eficazes. Nesse sentido, objetivou-se analisar a tendência da incidência, os fatores associados à Leishmaniose Visceral e sua distribuição espacial nos municípios que integram a Unidade Gestora Regional de Saúde de Imperatriz (UGRSI) entre janeiro de 2008 e dezembro de 2019. Trata-se de um estudo ecológico e de séries temporais, com dados provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados foram coletados junto à Secretaria de Vigilância em Saúde de Imperatriz, Maranhão. Realizou-se a análise descritiva das características sociodemográficas e clínico-epidemiológicas dos casos notificados. Foram determinadas as taxas de incidência para cada ano e município da UGRSI, e posteriormente efetuou-se a análise de tendência, por meio da regressão de Prais-Winsten. Para identificação dos fatores associados aos casos novos, foram utilizados modelos de regressão logística simples e múltiplas e razões de chances (odds ratio) por meio do software Statistical Package for Social Sciences, considerando 5% de significância. As taxas de incidência foram distribuídas e representadas espacialmente em mapas, produzidos no software Qgis versão 3.16.2, a qual os municípios foram classificados, de acordo com pontos de cortes adotados pela Organização Pan-Americana de Saúde Para analisar a dependência espacial dos dados, foi utilizado análise de Moran Global e Moran Local utilizando o software GeoDa versão 3.16.2. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) com o parecer no 4.411.716. Foram notificados 914 casos de LV, destes, 873 (95,5%) eram casos novos. A LV atingiu sobretudo indivíduos do sexo masculino (63,7%), com faixa etária entre 10 a 19 anos (32,9%), pardos (73,2%), escolaridade menor ou igual a 8 anos (41,8%), que viviam na zona urbana (87,3%). As principais manifestações clínicas citadas foram febre (93,9%), fraqueza (87,2%), emagrecimento (80,7%) e esplenomegalia (82,2%). Foram confirmados 762 casos (84,9%), utilizando-se a confirmação laboratorial (68,2%), sendo o diagnóstico imunológico (imunofluorescência) (35,3%) o mais utilizado. O antimonial pentavalente foi a droga de primeira escolha (73,8%) e na falência do tratamento utilizou-se a anfotericina B (8,3%). A maioria dos casos foram classificados como autóctones (86,1%), e não relacionados ao trabalho (94,4%), coinfectados LV/HIV (5,4%), evoluíram para cura (79,5%), óbitos por LV (6,1%), óbitos por outras causas (2,2%), abandono (1,7%) e transferidos (10,7%). A incidência de LV variou de 27,4 casos por 100 mil habitantes em 2008, a 12,5 casos em 2019, apresentando tendência decrescente ao longo dos anos. Não foram identificadas variáveis associadas à incidência de LV neste estudo. A distribuição espacial das taxas de incidência, mostrou que a maioria dos municípios que apresentava alta incidência nos triênios analisados, estavam localizados na porção Oeste da regional. A análise de Moran Global indicou autocorrelação negativa, e ausência de dependência espacial, e na análise de Moran Local não foram identificados cluster significativos, indicando que, na mesma macrorregião as ações de vigilância não são equivalentes ou similares entre os municípios. Esses achados suscitam a necessidade de intensificação das estratégias de monitoramento e controle da LV, fortalecendo os avanços dos programas de eliminação da doença nessa região, além da oferta de capacitações permanentes para os profissionais envolvidos na gestão do cuidado.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1562670 - JANAINA MIRANDA BEZERRA
Presidente - 2569991 - LEONARDO HUNALDO DOS SANTOS
Co-orientador - 2278498 - MARCELINO SANTOS NETO
Interno - 2115717 - MARIA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA SERRA

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