PPGST/CCIM

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRESSA SILVA COSTA
DATA: 28/02/2023
HORA: 09:00
LOCAL: https://meet.google.com/pkz-msaj-zez
TÍTULO: EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO COM FARINHA DE CASTANHA DE CAJU (Anacardium occidentale L.) NOS PARÂMETROS SOCIAIS, CLÍNICOS E NUTRICIONAIS EM CRIANÇAS VIVENDO COM HIV
PALAVRAS-CHAVES: HIV. Anacardium. Criança. Ensaio Clínico
PÁGINAS: 113
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
SUBÁREA: Saúde e Biológicas
RESUMO: O uso de suplementos alimentares em crianças vivendo com o Human Immunodeficiency Virus (HIV)/Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) ainda são insuficientes em todo o mundo. Com o intuito de contribuir na reversão de carências nutricionais deste público, existe um interesse crescente de estudiosos no uso de produtos naturais aplicados à saúde. Nesse contexto, um bom exemplo de alimento regional aplicado à saúde é a castanha de caju, em virtude de seu grande potencial nutricional. Por serem incipientes os ensaios clínicos com o uso de produtos dietoterápicos na melhora do estado nutricional dessa população, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito da suplementação com farinha de castanha de caju (Anacardium occidentale L.) nos parâmetros sociais, clínicos e nutricionais em crianças vivendo com HIV. Trata-se de ensaio clínico randomizado controlado, com cegamento, realizado durante 32 semanas com 20 crianças vivendo com HIV, acompanhadas em um Serviço Ambulatorial Especializado do município de Imperatriz, Maranhão. As participantes foram distribuídas em dois grupos: intervenção, onde receberam a farinha de castanha de caju e controle, as quais receberam a farinha de carboximetilcelulose. Os critérios de elegibilidade à pesquisa foram: nascimento a termo, ter idade entre dois e 12 anos, estar recebendo terapia antirretroviral para o HIV há pelo menos 90 dias, possuir funções renais e hepáticas preservadas e não possuir alergia a produtos oriundos da castanha de caju. Os responsáveis legais dos participantes do grupo intervenção foram orientados a oferecer 12 gramas da farinha de castanha de caju adicionadas diariamente na refeição principal, enquanto que os responsáveis das crianças do grupo controle foram orientados a adicionar 12 gramas da farinha de carboximetilcelulose na dieta regular deste público. Para a análise dos dados foram utilizados os testes t de Student e de Wilcoxon para amostras pareadas e tamanho do efeito expresso pelo d de Cohen, nas variáveis antropométricas, bioquímicas e hematológicas. Foi calculado o coeficiente de correlação de Spearman e de Pearson para avaliar a correlação entre variáveis bioquímicas e hematológicas. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão. Os resultados evidenciaram que a maioria dos participantes era do sexo masculino (GI=9 e GC=4), de cor parda (GI=8 e GC=6), tinham entre seis e 10 anos de idade (GI=6 e GC=5), eram da classe econômica E (GI=8 e GC=6) e moravam com os pais (GI=6 e GC=4). Após as 32 semanas de uso da farinha de castanha de caju, identificamos uma correlação positiva estatisticamente significante (p=0,022) entre os níveis finais de ferro e zinco das crianças do grupo intervenção (Pearson's r=0,780). Na comparação dos grupos após o fim do experimento, não observamos diferenças estatisticamente significantes e/ou tamanho de efeito considerável entre os micronutrientes ferro (p=0,423), vitamina D (p=0,787) e zinco (p=0,534). Na análise comparativa do consumo dos principais macronutrientes, observamos que após o experimento não houve diferenças estatisticamente significantes entre o grupo intervenção e controle (p>0,05). No grupo intervenção, a elevação e diminuição, respectivamente, de biomarcadores do leucograma e lipidograma não foram estatisticamente significantes na análise intra-grupo (p>0,05). No grupo intervenção, todos os parâmetros antropométricos do estudo tiveram um aumento estatisticamente significante ao final do experimento, a saber: circunferência braquial (p=0,009), dobra cutânea tricipital (p=0,008), área muscular do braço (p=0,001), área gorda do braço (p<0,001), dobra cutânea subescapular (p=0,026), circunferência do quadril (p<0,001) e circunferência da cintura (p=0,044). Conclui- se, na amostra em estudo, que o uso da farinha de castanha de caju em crianças vivendo com HIV, durante 32 semanas, beneficia em aspectos nutricionais, evidenciado pelos efeitos positivos nos parâmetros antropométricos e biomarcador leucócito.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2586239 - ANA CRISTINA PEREIRA DE JESUS COSTA
Interno - 2278498 - MARCELINO SANTOS NETO
Co-orientador - 962.508.953-53 - MARCIO FLAVIO MOURA DE ARAUJO
Externo ao Programa - 1813307 - VIRLANE KELLY LIMA HUNALDO