Ir para acessibilidade
inicio do conteúdo

Banca de QUALIFICAÇÃO: PEDRO DA ROCHA ROLINS NETO

2023-12-08 15:37:18.752

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PEDRO DA ROCHA ROLINS NETO
DATA: 13/12/2023
HORA: 14:30
LOCAL: UFMA, Unidade Bom Jesus, Sala de Conferência e link: https://meet.google.com/xmm-dtyn-yfm
TÍTULO: RELAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DE GLICOSE SANGUÍNEOS E A INFECÇÃO POR Helicobacter pylori EM PACIENTES COM SINTOMAS DISPÉTICOS
PALAVRAS-CHAVES: Helicobacter pylori; Controle glicêmico; Dispepsia.
PÁGINAS: 53
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
SUBÁREA: Saúde e Biológicas
RESUMO: A hiperglicemia desempenha um papel fundamental na patogênese da diabetes e pode levar a distúrbios da função imunológica, dos sistemas antioxidantes, inflamação e neuropatia entérica. Níveis elevados de glicemia sanguínea podem reduzir o pH e alterar a secreção de muco gástrico, que são fatores de proteção contra microorganismos patogênicos como Helicobacter pylori, resultando assim no crescimento e proliferação dessa bactéria. Os mecanismos envolvidos na interação da infecção por H. pylori e o metabolismo da glicose, que levam ao desenvolvimento do diabetes mellitus não estão claros e os resultados dos estudos são contraditórios. Objetivo: Analisar a relação entre os níveis de glicose no sangue e a infecção por H. pylori em adultos com sintomas dispépticos. Métodos: Estudo transversal, realizado com 100 pacientes dispépticos que tinham indicação para realizar o exame de endoscopia digestiva alta. Foi realizada entrevista para coleta dos dados socioeconômicos e consulta aos prontuários para investigação dos diagnósticos endoscópicos e infeção pela H. pylori. A glicemia de jejum e hemoglobina glicada foram verificadas em amostras de sangue periférico coletadas após jejum de oito horas. Os parâmetros para a classificação glicêmica seguiram as recomendações das Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. Para verificar a associação entre as variáveis, foi aplicado o teste qui quadrado de Pearson e medido seu efeito por meio da razão de chance. Para correlação do desfecho infecção por H. pylori com os dados brutos dos biomarcadores glicêmicos usou-se o coeficiente de correlação de Speramn. Considerou-se p<0.05 como estatisticamente significante. Resultados: Verificou-se que 71% dos pacientes eram normoglicêmicos, 20% pré-diabéticos e 9% diabéticos. Observou-se que os pacientes dispépticos com idade superior a 44 anos (p=0,006; RC= 0,286; IC: 0,115 – 0,709) e que se declararam tabagistas (p= 0,023; RC= 0,333; IC: 0,126-0,881) tinham menores chances de serem classificados como normoglicêmicos. Aqueles não tabagistas apresentaram maiores chances de serem classificados com pré-diabetes (p= 0,043; RC= 2,889 IC: 1,005-8,307). Paciente com idade superior a 44 anos tinham cerca de cinco vezes mais chances de serem classificados com DM2 (p= 0,032; RC= 5,108; IC: 1,005-25,972) e os que declararam raça parda/negra menores chances de serem classificados com DM2 (p= 0,015; RC= 0,189; IC: 0,044-0,816). A infecção pela H.pylori estava presente em 34% dos pacientes analisados. Observou-se que os paciente dispépticos não infectados pela H.pylori tiveram maiores chances de serem classificados como normoglicêmicos (p= 0,006; RC= 4,573; IC: 1,440-14,52). Os pacientes com EDA alterada (p= 0,04; RC= 8,778; IC: 0,754-102,17) tinham cerca de oito vezes mais chance de serem classificados como pré-diabéticos e os infectados pela H.pylori menor chance (p= 0,045; RC= 0,279; IC: 0,075-1,031). Verificou-se que os pacientes com diagnostico endoscópico de pangastrite (p= 0,032 RC= 5,018 IC: 1,005-25,972) e não infectados pela H.pylori (p= 0,024 RC= 1,158 IC: 1,052-1,274)apresentaram maiores chances de apresentar DM2 Quanto aos biomarcadores glicêmicos observou-se uma correlação positiva entre glicemia de jejum e a presença de H. pylori (p=0.037), com maior concentração de dados em menores valores de glicemia nos pacientes infectados pela H.pylori. Conclusão: O estudo evidenciou que os níveis séricos de glicose foram maiores em adultos dispépticos não infectados pela H.pylori em comparação com os infectados. Portanto, incluir a verificação dos parâmetros glicêmicos na assistência à saúde dos pacientes dispépticos contribuirá para rastreio da hiperglicemia e prevenção de complicações como o diabetes.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1983120 - LIVIA MAIA PASCOAL
Externo à Instituição - MARCIO FLAVIO MOURA DE ARAUJO - FIOCRUZ
Presidente - 2115717 - MARIA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA SERRA

fim do conteúdo