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Banca de DEFESA: PEDRO DA ROCHA ROLINS NETO

2024-04-29 22:05:24.147

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PEDRO DA ROCHA ROLINS NETO
DATA: 30/04/2024
HORA: 14:00
LOCAL: UFMA, Unidade Bom Jesus, Sala de Videoconferência e link: https://meet.google.com/cqt-xaxk-jzw
TÍTULO: IMPACTO DA INFECÇÃO POR Helicobacter pylori NA GLICEMIA E RESISTÊNCIA À INSULINA DE PACIENTES COM SINTOMAS DISPÉPTICOS
PALAVRAS-CHAVES: Helicobacter pylori; Controle glicêmico; Dispepsia.
PÁGINAS: 53
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
SUBÁREA: Saúde e Biológicas
RESUMO: Introdução: Evidencias têm demostrado que a infecção por Helicobacter pylori aumenta a incidência de doenças metabólicas. Estudos que examinam a correlação entre infecção por H. pylori e distúrbios glicêmicos produziram resultados variados e controverso. Objetivo: Analisar a relação entre a presença da infecção por H. pylori com a glicemia e índice triglicerídeo-glicose em pacientes com sintomas dispépticos. Métodos: Estudo transversal, realizado com pacientes dispépticos que tinham indicação para realizar o exame de endoscopia digestiva alta. Foi realizada entrevista para coleta dos dados socioeconômicos, avaliação antropométrica e coleta de sangue periférico para exames laboratoriais, além de consulta aos prontuários para investigação dos diagnósticos endoscópicos e infeção pela H. pylori. A glicemia de jejum, hemoglobina glicada (HbA1c) e triglicerídeos foram verificadas em amostras de sangue periférico coletadas após jejum de oito horas. Os parâmetros para a classificação glicêmica seguiram as recomendações das Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. Foi calculado o índice triglicerideo-glicose (TyG) para investigar resistência à insulina. Para verificar a associação entre as variáveis, foi aplicado o teste qui quadrado de Pearson e medido seu efeito por meio da razão de chance. Variáveis assimétricas são apresentadas como mediana e intervalo mínimo- máximo. O teste de Mann-Whitney foi usado para comparar as variáveis. Para correlação do desfecho infecção por H. pylori com os dados brutos dos biomarcadores glicêmicos usou-se o coeficiente de correlação de Speramn. Considerou-se p<0.05 como estatisticamente significante. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, parecer Nº 3.212.699. Resultados. Foram analisados 100 pacientes com sintomas dispépticos atendidos em um serviço público de endoscopia no nordeste do Brasil, a idade variou entre 18 e 82 anos, com média de idade de 43,7 (desvio padrão de 15,4). Observou-se que os pacientes com idade inferior a 45 anos (p=0,00; RC=0,28) e que se declararam tabagistas (p=0,02; RC=0,33) tinham menores chances de serem classificados como normoglicêmicos. Observou-se que os pacientes do sexo masculino (p=0,02), com idade inferior a 45 anos (p<0,0001), tabagistas (p=0,02) e com formação escolar inferior a 8 anos (p=0,01), apresentaram os índices TyG mais elevados. Aqueles com idade menor que 45 anos (p=0,01) tinham níveis mais elevados de glicemia de jejum. Em relação aos parâmetros de hemoglobina glicada, identificou-se que os pacientes com idade inferior a 45 anos (p=0,00) e tabagistas (p=0,00) apresentaram os maiores níveis séricos de HbA1c. Os pacientes dispépticos que tinham IMC maior que 25kg/m2 (p=0,00), parâmetros de circunferência de pescoço (p=0,04) e circunferência de cintura elevados (p=0,00), apresentaram os mais altos índices TyG. Verificou-se que aqueles com elevados parâmetros de circunferência de cintura (p=0,00) e relação cintura-quadril (p=0,02) tinham níveis de HbA1c mais elevados. Verificou-se que os pacientes diagnosticados com pangastrite (p=0,02) apresentaram maiores níveis de glicemia de jejum. Observou-se que os pacientes que não estavam infectados pela H. pylori (p=0,03) tinham índices TyG elevados e a maiores níveis de glicemia em jejum, comparados aos que não estavam infectados pela bactéria. Quanto aos biomarcadores glicêmicos observou-se uma relação positiva e estatisticamente significativa entre glicemia plasmática e a presença de H. pylori (p=0,037). Ao estudar a densidade desses achados, verificou-se que naqueles com infecção positiva para H. pylori uma maior concentração de dados em menores valores de glicemia em relação aos casos negativos. Ademais, a presença de outliers é maior nos dados dos pacientes saudáveis. Não se observou correlação entre os níveis de hemoglobina glicada e a infecção por H. pylori (p=0,090). Verificou-se uma correlação estatística significante entre o índice TyG e a presença da infecção por H.pylori (p=0,029). Observou-se que os pacientes infectados com H.pylori tinham valores de TyG menores do que aqueles não infectados pela H.pylori (p= 0,030). Conclusão. A hiperglicemia e resistência a insulina em pacientes dispépticos são influenciadas pelo sexo, idade, escolaridade, tabagismo e distribuição de gordura corporal e não estão relacionadas a infecção por H.pylori. Portanto, incluir a verificação dos parâmetros glicêmicos na assistência à saúde dos pacientes dispépticos contribuirá para rastreio da hiperglicemia e prevenção de complicações como o diabetes.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1983120 - LIVIA MAIA PASCOAL
Externo à Instituição - MARCIO FLAVIO MOURA DE ARAUJO - FIOCRUZ
Presidente - 2115717 - MARIA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA SERRA

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