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Banca de QUALIFICAÇÃO: PATRÍCIA VALÉRIA CASTELO BRANCO ARAUJO

2017-05-11 08:27:43.774

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PATRÍCIA VALÉRIA CASTELO BRANCO ARAUJO
DATA: 11/05/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 02 do Prédio de Pós-graduação do CCBS, Cidade Universitária Dom Delgado.
TÍTULO: Potencial Toxicogenético do Antileishmanial Miltefosine (Hexadecilfosfocolina).
PALAVRAS-CHAVES: Genotoxicicidade; Estresse oxidativo; Ensaio do Cometa; Ensaio do micronúcleo.
PÁGINAS: 49
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Genética
RESUMO: O miltefosine (hexadecilfosfocolina) foi, inicialmente, utilizado para tratar câncer de pele, entretanto estudos posteriores mostraram que este medicamento também apresentava atividade contra Leishmania, o que foi considerado um importante avanço terapêutico por ser o primeiro agente oral eficaz no tratamento de leishmanioses. Apesar disso, muito pouco é conhecido sobre a ação da droga, inclusive sua interação com o material genético. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade do antileishmanial miltefosine em induzir danos ao DNA, a fim de compreender melhor a ação da droga. Para isso foram realizados testes in vitro em leucócitos humanos, os quais foram expostos a droga nas concentrações de 0.25, 0.5 e 1.0 µg/ml, por um período de 3h e 24h, para avaliação de citotoxicidade e genotoxicidade (ensaio do Cometa), e por 48 h para avaliar a capacidade da droga em induzir morte celular por apoptose e necrose. Testes in vivo foram conduzidos em camundongos machos Swiss (Mus musculus), os quais foram tratados com miltelfosine nas doses de 35, 70 e 140 mg/kg, por via oral, tendo sido sacrificados 24 horas depois do tratamento. Foram realizados os ensaios do Cometa convencional e também seguido de digestão com a endonuclease Formamido Pirimidina Glicosilase (FPG) nas células do sangue periférico para avaliação da ocorrência de oxidação de bases do DNA. O potencial mutagênico do miltefosine foi avaliado pelo teste do micronúcleo em eritrócitos da medula óssea. Os resultados dos testes in vitro revelaram que o miltefosine é capaz de induzir lesões genômicas (p<0.01) e morte celular por apoptose e necrose (p<0.0001) nas células expostas por 24 h em todas as concentrações testadas. Da mesma forma, os resultados in vivo revelaram que os animais tratados com miltefosine apresentaram um aumento no escore de danos no DNA (p<0.05), o qual se mostrou ainda maior após digestão pela enzima FPG, revelando a capacidade do antileishmanial em induzir lesões no DNA por oxidação de suas bases. Corroborando com esses resultados, o teste do micronúcleo revelou um aumento na frequência de células micronucleadas nos animais tratados com o miltefosine, demonstrando, pela primeira vez,seu potencial mutagênico. Desse modo, embora a utilização deste fármaco no tratamento de leishmanioses seja considerada vantajosa por apresentar menor toxicidade quando comparada com os demais antileishmaniais, e de ser de mais fácil administração, é necessário que haja um maior entendimento sobre os mecanismos de ação da droga e seus efeitos ao DNA dos pacientes sob tratamento.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 238.478.163-49 - ANA LÚCIA ABREU SILVA - UEMA
Interno - 407707 - CONCEICAO DE MARIA PEDROZO E SILVA DE AZEVEDO
Interno - 3174279 - JOSE MANUEL MACARIO REBELO

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