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Banca de QUALIFICAÇÃO: JANAINA OLIVEIRA BENTIVI PULCHERIO

2018-10-08 08:44:11.048

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JANAINA OLIVEIRA BENTIVI PULCHERIO
DATA: 09/10/2018
HORA: 07:30
LOCAL: Auditório do Depto. Medicina I - Centro
TÍTULO: Influência do HIV nos parâmetros audiológicos de crianças.
PALAVRAS-CHAVES: HIV; síndrome de imunodeficiência adquirida; audiometria; potenciais evocados auditivos do tronco encefálico; criança; surdez; perda auditiva.
PÁGINAS: 67
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: A associação entre a infecção pelo HIV e perda auditiva em crianças tem achados inconsistentes na literatura, especialmente com relação ao tipo mais prevalente de perda auditiva e a influência da contagem de linfócitos T CD 4 ou da carga viral. Observa-se que há carência de protocolos nacionais de acompanhamento da saúde auditiva de crianças com HIV e AIDS, ao contrário do observado nas crianças com sífilis ou toxoplasmose. Para enriquecer o entendimento do impacto da infecção pelo HIV na perda auditiva de crianças e estimular norteamento de medidas de prevenção, diagnóstico precoce e reabilitação, propôs-se estudar a associação entre o HIV e alterações auditivas em crianças, com maior detalhamento metodológico e visando minimizar fatores de confundimento destacados nas revisões de literatura apreciadas, por meio de um estudo transversal, realizado nas dependências de dois serviços de referência (Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão e Centro de Saúde de Fátima). A população em estudo foi composta por crianças de 18 meses a 12 anos de idade com diagnóstico confirmado de infecção pelo HIV. O grupo de comparação foi composto por crianças sem HIV. Após otoscopia, os pacientes realizaram exame de emissões otoacústicas. Na presença de alterações neste exame ou de queixas sobre a saúde auditiva, foram encaminhados para segundo exame audiológico (audiometria tonal ou audiometria de tronco encefálico). O programa estatístico STATA 12.0 foi usado para a análise dos dados. Avaliaram-se 44 crianças vivendo com HIV e 36 crianças do grupo de comparação. A maioria das crianças com HIV (59,1%) nasceu de mães sem o diagnóstico da infecção até o parto. Houve diferença significativa entre os grupos com relação ao percentual de falhas às emissões otoacústicas (p=0,031). O único tipo de perda auditiva encontrada foi a condutiva. Foi encontrada correlação entre o carga viral e falha às emissões otoacústicas (p=0,048). Houve maior risco de falha nas emissões otoacústicas para crianças do sexo feminino (OR=3,67; intervalo de confiança de 95%: 1,01-13,32, p=0,047) e para crianças de idade maior que 6 anos (OR=1,01; intervalo de confiança de 95% 1-1,03; p=0,048). O predomínio de perda auditiva relacionada a alterações de orelha média em crianças com HIV coincide com diversos estudos da literatura. As falhas na atenção pré-natal e a infecção via aleitamento materno levam ao diagnóstico tardio da infecção pelo HIV. Nestes casos, crianças que tenham passado na triagem auditiva neonatal podem não continuar o monitoramento até o terceiro ano de vida, pelo menos, conforme orienta o Comitê Multiprofissional em Saúde Auditiva. A infecção pelo HIV é reconhecida como fator de risco para perda auditiva. A inexistência de cura para a infecção por este vírus impõe a exposição aos efeitos diretos e indiretos do HIV destas crianças até avançada idade, com acúmulo progressivo de danos audiológicos.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1287585 - MONICA ELINOR ALVES GAMA
Externo ao Programa - 1286933 - SAVYA CYBELLE MILHOMEM ROCHA
Interno - 7549183 - VANDA MARIA FERREIRA SIMOES

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