PPGCS/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IANDEYARA SAVANNA CARNEIRO DA SILVA
DATA: 03/09/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 02 - PPGCS
TÍTULO: Efeito in vitro do extrato hidroalcoólico das folhas de Syzygium cumini (L.) Skeels, miricetina, Quercetina e ácido gálico sobre bactérias presentes na microbiota intestinal
PALAVRAS-CHAVES: Syzygium cumini; polifenóis; Miricetina; Quercetina, Ácido gálico; Escherichia coli; Staphylococcus aureus.
PÁGINAS: 55
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Farmacologia
RESUMO: A microbiota intestinal vem sendo vista como reguladora chave na fisiologia e fisiopatologia dos seus hospedeiros, demonstrando relação com a regulação do armazenamento de gordura, obtenção de energia, além de uma íntima ligação com o tecido linfoide intestinal e sua rede imunológica ali existente. Os agentes que têm sido bastante estudados nos últimos anos e que podem interferir como potenciais terapêuticos no cenário da microbiota intestinal são os polifenóis encontrados em plantas. Portanto, o presente estudo visa investigar o efeito do extrato hidroalcoólico das folhas de Syzygium cumini (L.) Skeels (EH), também conhecido como azeitona roxa, jambolão ou jamelão sobre bactérias que compõem a microbiota intestinal. Para tanto, foi utilizada a técnica de microdiluição em placa de 96 poços para determinar a Concentração Inibitória Mínima (CIM) do extrato de S. cumini sobre cepas de bactérias encontradas no trato gastrointestinal. A partir do resultado obtido na CIM, foi realizado o plaqueamento de alíquotas de 10 μl dos poços em placas contendo ágar Mueller Hinton para determinação da Concentração Bactericida Mínima (CBM), a partir da visualização de crescimento ou não de colônias bacterianas. O resultado foi de 3,12mg/mL para a CIM, apresentando efeito bacteriostático sobre Escherichia coli 042 (patogênica), E. coli HB101 (não patogênica) e Staphylococcus aureus ATCC 25923 e de 6,25mg/mL para CBM, apresentando efeito bactericida sobre estas mesmas bactérias citadas. Quanto aos compostos isolados do extrato de S. cumini: miricetina, quercetina e ácido gálico, a CIM foi de 5mg/mL, 0,25mg/mL e 1,25mg/mL sobre S. aureus, respectivamente. Para E. coli 042 foi de 5 mg/mL, 0,25 mg/mL e 0,31 mg/mL, para os mesmos compostos, e de 2,5 mg/mL, 0,12 mg/mL e 0,62 mg/mL sobre E. coli HB101. Tendo todos estes valores foram bacteriostáticos quando realizada a CBM. Em outro ensaio realizando a sinergia de grupos, nenhuma das concentrações testadas teve efeito bactericida. Entretanto, o ácido gálico potencializou o efeito da miricetina e quercetina, reduzindo o valor das suas CIM quando combinados os três isolados. Além disso foi realizado o teste de citotoxicidade a partir do teste de viabilidade celular com MTT (brometo de 3-(4,5- dimetiltiazol-2-il)-2,5- difeniltetrazólio) utilizando células Vero, sendo possível observar uma baixa toxicidade, mesmo na concentração de 12mg/mL do extrato de S. cumini, indicando a possibilidade de utilização do EH em futuros testes in vivo. Desta forma, foi possível mostrar o potencial efeito antimicrobiano do extrato de S. cumini, bem como da sinergia de seus principais compostos.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - LUIS CLAUDIO NASCIMENTO DA SILVA - UNICEUMA
Interno - 1555889 - RAFAEL CARDOSO CARVALHO