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Banca de QUALIFICAÇÃO: LUANA CAROLINE SANTOS PINHEIRO

2021-01-29 10:14:06.151

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUANA CAROLINE SANTOS PINHEIRO
DATA: 01/02/2021
HORA: 14:00
LOCAL: On-line
TÍTULO: RESPOSTA IMUNE E CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE MACRÓFAGOS COINFECTADOS POR Leishmania amazonensis e Leishmania chagasi.
PALAVRAS-CHAVES: Confecção, leishmaniose, macrófago.
PÁGINAS: 53
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Imunologia
SUBÁREA: Imunologia Celular
RESUMO: As leishmanioses são endêmicas em várias regiões do mundo, sendo consideradas um grande problema de saúde pública, podendo causar infecções viscerais, lesões mucocutâneas, cutânea e cutânea difusa. No Brasil a leishmaniose tegumentar americana e visceral atingem todos os estados e o Maranhão é um dos estados com as maiores taxas de ocorrência das duas formas clínicas. É uma doença causada por protozoários do gênero Leishmania, transmitido através da hematofagia das fêmeas de flebotomíneo, muitas vezes pertencentes ao gênero Lutzomyia. A infecção natural por diferentes espécies de Leishmania em um mesmo indivíduo, especialmente em áreas de sobreposição de espécies, pode ser mais prevalente do que previamente relatado. Esse tipo de infecção mista pode afetar o curso clínico, o diagnóstico e o tratamento da doença. Células como macrófagos, também são importantes no controle desta infecção, influenciando todo contexto da resposta imune. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo, investigar a resposta imune na coinfecção por Leishmania amazonensis e Leishmania chagasi, bem como os mecanismos e mudanças na morfologia de macrófagos. Para isso, macrófagos foram infectados ou coinfectados por L. amazonensis e L. chagasi, nos tempos de 24 e 48h, em seguida foram avaliadas a taxa de infeção, através da contagem de 100 macrófagos por campo e da quantidade de amastigotas presentes no citoplasma dos macrófagos, a produção de NO e peróxido de hidrogênio e a produção de citocinas inflamatórias, além da morfologia dos macrófagos, através da morfometria. Os dados mostraram que a taxa de infecção pelos parasitos no grupo coinfectado, não foi tão considerável quanto no grupo da infecção única por L. amazonensis, mas foi observada uma sobreposição da L. chagasi na infecção mista, sugerindo a ocorrência de uma competição durante a coinfecção, visto que as espécies possuem o mesmo nicho e buscam se estabelecer e proliferar no hospedeiro. Avaliada a produção de peróxido de hidrogênio nos tempos de 24 e 48h, o grupo coinfectado demonstrou uma produção semelhante à vista na infecção única por L. chagasi quando feita a comparação dos dois tempos, isso sugere que a produção desse reativo possa estar sendo influenciada pela L. chagasi, uma vez que essa espécie pode estimular um perfil mais inflamatório e consequentemente a produção de espécies reativas. Com relação a citocina TNF-α, sua produção na coinfecção foi semelhante a da infecção única por L. amazonensis, por isso acredita-se que a presença dessa espécie possa ser relevante para a produção dessa citocina, no ambiente de infecção mista, pelo fato de haver também um estímulo para um perfil Th1, já a quimiocina MCP-1 não foi um parâmetro significativo para a caracterização da resposta imune, pois, é uma quimiocina relacionada ao recrutamento de monócitos que consequentemente está ligada ao aumento do número de macrófagos no decorrer da infecção única e mista. Avaliada a quantidade de vacúolo parasitóforo, foi observado no tempo de 48h, uma quantidade menor dessas estruturas no grupo coinfectado, este resultado pode estar ligado a estratégia de compartilhamento de vacúolos pelos parasitos, já observada em outros estudos com outras espécies; quanto a área do vacúolo foi notado aumento da extensão no grupo de infecção única por L. chagasi, no tempo de 48h. Dessa forma, na coinfecção há um desenvolvimento de resposta imune complexa, em que às duas espécies envolvidas influenciam a mudança de perfis e as alterações de características morfológicas de estruturas como os vacúolos, que tem um papel importante no estabelecimento da infecção.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2116833 - ARAMYS SILVA DOS REIS
Externo à Instituição - JOICY CORTEZ DE SÁ SOUSA - UNICEUMA

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