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Banca de QUALIFICAÇÃO: ERICK BARROS CHAVES

2021-03-17 13:37:56.535

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ERICK BARROS CHAVES
DATA: 25/03/2021
HORA: 14:00
LOCAL: On-line
TÍTULO: DETECÇÃO DE Wolbachia EM MOSQUITOS (DIPTERA: CULICIDAE) NO ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Infecção Natural, , Mosquitos, Wolbachia.
PÁGINAS: 54
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Parasitologia
RESUMO: Wolbachia constitui um gênero de bactérias endossimbiontes do grupo das alphaproteobactérias. Estima-se que cerca de 20 a 70% de todas as espécies, de artrópodes conhecidas, estejam infectadas por essas bactérias. Esses simbiontes causam em seus hospedeiros diversas alterações reprodutivas e, assim, conseguem dispersar na natureza. Algumas cepas estão sendo usadas como forma de estratégia contra doenças como Dengue, Zika, Chikungunya, Febre Amarela e Malária, doenças transmitidas por mosquitos, mas há poucas informações sobre a distribuição da Wolbachia no Brasil. Tal conhecimento é importante, pois permite estimar a extensão da infecção natural nos hospedeiros e a utilização de determinadas cepas no controle biológico de mosquitos vetores. O objetivo deste estudo foi avaliar a taxa de infecção natural por Wolbachia em diferentes espécies de culicídeos em áreas representativas do Estado do Maranhão. Os mosquitos foram coletados com armadilhas CDC-HP, ovitrampas, sapucaias e barraca de Shannon nos municípios de São Luís, São José de Ribamar, Chapadinha, Vitória do Mearim, Godofredo Viana e Pastos Bons. O DNA dos insetos foi extraído e amplificado o gene Wsp por Reação em Cadeia da Polimerase. No total, 448 indivíduos de 20 espécies e 6 gêneros de culicídeos foram analisados. A taxa de infecção média foi 17%, com variação entre as espécies de 4% a 80%. O DNA de Wolbachia foi encontrado em 6 espécies: Ae. albopictus, Ae. scapulari, Cx. quinquefasciatus, Cq. juxtamansonia e Cq. Venezuelensis e nos complexos Anopheles (Nys.) spp e C. (Mel.) spp., Esse é o primeiro registro de Ae. scapulari, Cx. juxtamansonia, Cq. venezuelensis e Anopheles (Nys.) spp. infectados com a Wolbachia no Mundo. Não detectou-se a infecção em mosquitos da espécie Ae. Aegypti. A positividade média foi maior em Aedes (27%), que em Anopheles (2,5%), Culex (38%) e Mansonia (23%). A frequência da infecção natural foi baixa, porém, algumas espécies como Ae. albopictus e Cx. quinquefasciatus apresentaram alta prevalência, sugerindo que tais espécies possam ser úteis em estudos laboratoriais e comportamentais assim como coevolutivos. Os Anofelinos dos subgêneros Anopheles, Cellia, Lophopodomyia, e também, Nyssorhynchus são fisiologicamente permissivos para suportar a infecção por Wolbachia em ambientes naturais, conforme observado no presente estudo. Novos estudos devem continuar sendo realizados para com Wolbachia em ambientes naturais para. O presente estudo demonstrou por meio de Reação em cadeia da polimerase (PCR) que a infecção natural por Wolbachia está presente nos mosquitos do Maranhão. Este trabalho abre perspectivas para o direcionamento de novos estudos sobre infecção natural por Wolbachia em culicideos. Sugerimos que esses estudos sejam executados por meio da associação de PCR convencional, qPCR em Tempo Real, taxonomia clássica e molecular (DNA Barcoding).
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1486967 - FRANCINALDO SOARES SILVA
Externo ao Programa - 3090463 - HERMES RIBEIRO LUZ

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