Banca de DEFESA: GLEYCKA CRISTINE CARVALHO GOMES FRAZÃO
2021-10-27 10:24:59.384
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GLEYCKA CRISTINE CARVALHO GOMES FRAZÃO
DATA: 29/10/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Defesa on-line
TÍTULO: EFEITO ESQUISTOSSOMICIDA in vitro E in vivo DOS EXTRATOS DAS FOLHAS DE Passiflora edulis Sims ASSOCIADOS OU NÃO AO PRAZIQUANTEL.
PALAVRAS-CHAVES: Esquistossomose; Maracujá; Citotoxicidade; Parasitológico; Histopatologia.
PÁGINAS: 83
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Parasitologia
RESUMO: No mundo cerca de 240 milhões de pessoas estão infectadas pelo helminto
Schistosoma mansoni, representando sério problema de saúde pública. Considerada
doença negligenciada, a terapêutica da esquistossomose é limitada, com Praziquantel
(PZQ), mas efeitos colaterais e resistência parasitária já tem sido relatado. Este
quadro torna necessária a Pesquisa e Desenvolvimento de novos agentes
terapêuticos alternativos e/ou complementares. Neste sentido, os produtos naturais,
especialmente de origem vegetal, representam importantes fontes de compostos
bioativos, passiveis de ocasionarem efeitos sinérgicos com o Praziquantel. Assim, o
objetivo desse estudo foi avaliar a eficácia e segurança do extrato das folhas de
Passiflora edulis Sims. (nome vernacular: maracujá) como alternativa e/ou
complemento terapêutico ao praziquantel no controle da esquistossomose mansoni
experimental. Folhas de P. edulis foram coletadas em áreas de cultivo, em Paço
Lumiar, Maranhão, Brasil; submetidas a extração padronizada por maceração em70%
etanol no hidromódulo 1:8. Inicialmente foram realizados ensaios in vitro de
citotoxicidade (células linhagem GM-0754 e atividade hemolítica) e de eficácia
(avaliação esquistossomicida sobre a viabilidade de mermes adultos e inibição da
oviposição) com extrato hidroetanólico das folhas de P. edulis (EPE) em diferentes
concentrações. Posteriormente, foram realizados ensaios in vivo, empregando
camundongos Swiss, divididos em 05 grupos (n: 06 animais/grupo): controle sadio
(animais não infectados e nem tratados); controle negativo (animais infectados sem
tratamento); controle positivo (animais infectados tratados com PZQ 50mg/Kg), grupo
EPE (animais infectados tratados com extrato hidroetanólico das folhas de P. edulis
50mg/Kg) e grupo EPE+PZQ (animais infectados tratados com extrato hidroetanólico
das folhas de P. edulis 50mg/Kg em associação ao Praziquantel 50mg/Kg); sendo os
animais infectados com 50 cercárias de S. mansoni no dia 0, tratados do 45 ao 51º
dia após a infecção de eutanasiados no 90º dia pós-infecção. Os resultados não
evidenciaram citotoxicidade em nenhuma dose testada de EPE. O EPE apresentou
atividade esquistossomicida e inibição da oviposição significativa nos testes in vitro.
Nos ensaios in vivo, o EPE reduziu o número de ovos nas fezes bem como os retidos
nos tecidos hepático e intestinal. O EPE também reduziu a extensão dos granulomas
hepáticos. Este efeito foi potencializado quando o EPE foi associado ao PQZ. Com
base nos dados obtidos pode-se concluir que o EPE tanto quando usado isoladamente
quanto em associação com PZQ possui efeito antiesquistossomicida contribundo para
a diminuição da eliminação de ovos nas fezes e assim, diminuição da disseminação
da doença.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1368781 - FLAVIA RAQUEL FERNANDES DO NASCIMENTO
Externo à Instituição - HERMES RIBEIRO LUZ - UFMA
Externo à Instituição - JOHNNY RAMOS DO NASCIMENTO - UNDB
Interno - 1555889 - RAFAEL CARDOSO CARVALHO