PPGCS/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JEFFERSON MESQUITA BRITO
DATA: 20/12/2021
HORA: 16:00
LOCAL: Defesa on-line
TÍTULO: Influência da saliva do vetor Nyssomyia whitmani (Diptera: Psychodidae) em macrófagos M0, M1 e M2, infectados por Leishmania (Leishmania) amazonensis (Kinetoplastida: Trypanosomatidae)
PALAVRAS-CHAVES: Lutzomyia; Phlebotomus; Leishmania; macrófagos, polarização; óxido nítrico; infecção.
PÁGINAS: 138
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Parasitologia
RESUMO: As leishmanioses são um grupo de doenças negligenciadas, que são transmitidas aos animais e ao homem durante o repasto sanguíneo realizado por uma fêmea de flebotomíneo infectada. O gênero Leishmania (Kinetoplastida: Trypanosomatidae) constitui o agente etiológico das leishmanioses que é inoculado juntamente com a saliva do inseto na derme do hospedeiro. A saliva contem moléculas farmacologicamente ativas que possuem propriedades anti-hemostática, anti-inflamatória e imunomoduladora. A resposta quimiotática no mamífero, causa um infiltrado inflamatório intenso composto principalmente por neutrófilos, eosinófilos e macrófagos. O macrófago é uma célula leucocitária especializada na remodelação tecidual e na resposta imune a patógenos, como o protozoário Leishmania. Podem responder de maneira resistente a infecção, destruindo o parasito internalizado, ou fornecer um microambiente favorável para a proliferação do patógeno, dependendo do seu perfil.Alguns mecanismos da resposta imunológica dos macrófagos podem ser bloqueados pela saliva do inseto transmissor, como a inibição da produção de NO através da diminuição da expressão da enzima iNOS e a apresentação de antígenos pelos macrófagos aos linfócitos T CD4+, visto que inibe a apresentação de antígenos pelo MHC de classe II. Baseado na premissa de que a saliva dos vetores das leishmanioses modula a resposta imune do macrófago, o objetivo deste estudo foi avaliar a resposta imunedos macrófagos polarizados ou não, estimulados com a saliva de N. whitmanidurante a infecção por Leishmania amazonensis. Foi observado que a saliva do vetorinduz a proliferação exacerbada da promastigota nas primeiras 24 horas de contato, o que pode acarretar em uma rápida expansão do parasito. O contato prévio do macrófago com a saliva aumenta a carga parasitária diferentemente do contato posterior à infecção, assim como a produção de citocinas inflamatórias, o que acarreta na modulação dos macrófagos e na produção de metabolitos, por exemplo o peroxido de hidrogênio e NO que são agentes leishmanicidas. Quanto aos macrófagos polarizados, a saliva é capaz de inibir a produção de NO em macrófagos M1 e altera alguns receptores de superfície e enzimas intracelulares, o que evidencia a modulação para um perfil anti-inflamatório, mesmo em macrófagos previamente ativados. A saliva também induz o aumento da viabilidade dos macrófagos estimulados, mesmo na presença do parasito, o aumento da sobrevida da célula pode possibilitar o desenvolvimento da leishmaniose e prolongar a expansão do parasito internalizado. Diante dos resultados apresentados, é evidente a grande relevância dos achados nesta pesquisaque contribuem com a literatura sobre a interação vetor, parasito e hospedeiro vertebrado.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 407707 - CONCEICAO DE MARIA PEDROZO E SILVA DE AZEVEDO
Interno - 1523993 - HIVANA PATRICIA MELO BARBOSA DALL AGNOL
Externo ao Programa - 2985612 - MAYARA CRISTINA PINTO DA SILVA