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Banca de QUALIFICAÇÃO: LARISSA DI LEO NOGUEIRA COSTA

2022-04-19 10:21:16.335

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LARISSA DI LEO NOGUEIRA COSTA
DATA: 26/04/2022
HORA: 16:30
LOCAL: On-line
TÍTULO: PERFIL DE CITOCINAS INFLAMATÓRIAS E DESFECHO CLÍNICO DE PACIENTES COINFECTADOS HIV E LEISHMANIA SPP.
PALAVRAS-CHAVES: Resposta inflamatória. Leishmaniose visceral. AIDS. Recidiva. Óbito
PÁGINAS: 87
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Imunologia
RESUMO: Introdução: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença parasitária endêmica na América Latina, e o seu quadro clínico é agravado em coinfecções com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Nestes pacientes, observa-se uma resposta imunológica complexa, com correlação de citocinas pró, anti-inflamatórias e moduladoras. O objetivo deste estudo é identificar o perfil de citocinas inflamatórias e os desfechos apresentados pelos pacientes coinfectados LV/HIV. Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo, comparativo, longitudinal de Janeiro de 2007 a Julho de 2017 entre 169 doentes coinfectados com LV e VIH. Os resultados investigados foram a ocorrência de recidiva da LV e a morte. O teste Qui-quadrado, o teste Mann-Whitney e as medições de oddis ratio foram utilizados para análise estatística. Resultados: As taxas de ocorrência foram de 41,4% para a recidiva da LV e 5,5% para a morte. A esplenomegalia e adenomegalia foram associadas ao aumento do risco de recidiva da LV. A perda de peso e edema foram associados com o aumento do risco de morte. Os doentes com recidiva tinham níveis mais elevados de ureia (p= .005) e creatinina (P < .001). Os doentes que morreram tinham uma contagem mais baixa de glóbulos vermelhos (P = .012), hemoglobina (P = .017) e plaquetas (P < .001). Entre os portadores de LV e da coinfecção, foram coletadas amostras de sangue e analisado as citocinas inflamatórias, em 50 pacientes. Observou-se que havia uma diferença estatisticamente significativa na produção de IL-2 e IL-10 entre os grupos de coinfectados. Além disso, em pacientes co-infectados existe uma correlação positiva moderada ou forte e estatisticamente significativa na produção de IL-2 e IL-4; IL-2 e IL-6; IL-4 e TNF; IL-4 e IL-6; IL-6 e TNF. No entanto, ao subdividir o grupo LV/HIV, não houve diferença para nenhuma das variáveis analisadas, considerando sintomas e sinais clínicos, recidiva, morte, parâmetros laboratoriais e escore de gravidade clínica, demonstrando que a produção diferenciada de citocinas não tem uma correlação com um quadro clínico específico do subgrupo de pacientes coinfectados. Conclusões: Os resultados sugerem que os fatores clínicos e laboratoriais mostram associações com os resultados de recaída da LV e morte em doentes coinfectados com LV/HIV. Ao exame físico, esplenomegalia e adenomegalia foram associadas à hipótese de recidiva da LV, e a perda de peso e edema foram associados à morte. 9 Além disso, os doentes com recaídas tinham níveis estatisticamente mais elevados de ureia e creatinina, enquanto que os doentes que morreram tinham valores estatisticamente mais baixos de eritrócitos, hemoglobina e plaquetas. Além disso, os dados demonstram que os pacientes com LV/HIV, homogeneamente, têm uma resposta imunológica comprometida e a produção direta de citocinas específicas por estímulos patogênicos ou indiretamente pelo próprio grau de ativação do sistema imunitário, acaba por apoiar e agravar este processo.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1701663 - LUCILENE AMORIM SILVA
Interno - 1136091 - PAULO VITOR SOEIRO PEREIRA
Interno - 407298 - SILMA REGINA FERREIRA PEREIRA

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